Foi nesse local que os extrativistas Zé Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foram assassinados no ano passado. Também foram denunciadas seis pessoas, entre assentados que favoreciam o madeiramento ilegal e os proprietários e administradores das empresas citadas na denúncia.
As investigações começaram após denúncias do casal de extrativistas e de outras pessoas em 2008. Nesse meio tempo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) fez quatro operações de fiscalização e flagrou o comércio ilegal de madeira.
As castanheiras estão entra as mais exploradas na região. Essas árvores têm a derrubada proibida por lei federal e os acusados podem ser condenados a até quatro anos de prisão.
A empresa Tedesco Madeiras já foi autuada 16 vezes e, por fim, interditada em 2009 pelo Ibama. A Madeireira Eunápolis e a Bom Futuro foram autuadas e os proprietários, Aguilar Tedesco, Aguimar Tedesco e Marlos Tedesco podem se tornar agora réus no processo de crime ambiental.
Os assentados Antônio Souza, Edimundo dos Santos Neres e Francisco Genuário Silva também foram denunciados por terem vendido madeira às empresas.
A irmã da extrativista assassinada Maria do Espírito Santo, Laisa Sampaio, também sofre ameaças nessa região do Pará. Por isso, além de denunciar os madeireiros, o MPF pediu proteção para Laisa às autoridades estaduais e federais.