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ts manifestacao rj 20150412 11Brasil - Diário Liberdade - [Cid Benjamin] Sobre a manifestação da direita neste domingo (12/04) no Rio de Janeiro.


Foto: Tomaz Silva/ABr.

1. Havia bem menos gente do que na anterior, realizada há um mês. Não mais do que 60% ou 70% do que a outra reuniu. Ainda assim, havia bastante gente. Não foi um fracasso.

2. Houve farto uso dos símbolos nacionais: o hino e as cores da bandeira. Uma palavra de ordem muito gritada era: "A nossa bandeira jamais será vermelha".

3. O clima era de mais intolerância e agressividade contra Dilma (em primeiro lugar), o PT e Lula. Muito mais do que na anterior, a extrema-direita parecia dar as cartas nos cartazes, nos gritos e no clima geral. Desta vez não fui de camisa vermelha. Acho que, se tivesse ido assim, eu teria sido hostilizado.

10432985 298264670297417 3342376500761809420 n4. Um sujeito que apareceu com uma bandeira vermelha escapou por pouco de ser linchado. Não fosse a intervenção da PM poderia até ser morto. Um dos locutores em cima de um dos carros de som começou a gritar ao microfone, logo que o avistou: "Olha lá, um comunista com bandeira vermelha. Pega. PM, prende ele. É comunista. Tenente fulano, olha lá. Ele é comunista. Pega. Pega." Imediatamente centenas de pessoas espumando de ódio correram para linchar o cidadão, que só foi salvo por ter sido imediatamente cercado por um grande número de PMs. Assim mesmo, levou umas porradas e perdeu a bandeira e o boné, jogado no chão pela bofetada de um fascista mais afoito. Os PMs o conduziram até a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, sempre cercados por centenas de pessoas claramente dispostas a linchar o rapaz. Lá, ele foi retirado do local numa viatura policial, sob protesto dos agressores.

Foto: Manifestante faz intervenção pró-governo e saí escoltado após tentativa de linchamento. Por ‎Jornalistas Livres‬.

5. Um grupo grande de professores e alunos (talvez mais de 50) se reunia em torno de uma faixa com os dizeres "Dilma, não acabe com a educação física nas escolas", mas havia menos diversidade de assuntos tratados nas palavras de ordem, nas faixas e nos cartazes do que na manifestação anterior. Destaque absoluto para o "Fora Dilma" (e assemelhados, como pedidos de impeachment) e denúncias de corrupção. O samba "Se gritar pega ladrão, não fica um..." fez sucesso. Havia um número muito maior de faixas não artesanais do que há um mês.

6. Havia um número não desprezível de cartazes contra Tofolli, pedindo para que ele não julgasse o caso do Lava-Jato. Salvo engano, isso não aconteceu na manifestação anterior.

7. De novo, ampla maioria de pessoas maduras, adultas. Jovens, em geral, poucos. Alguns com cara de pitboys.

8. Havia cartazes e faixas também contra o PSOL e o PCdoB ("PT, PSOL e PCdoB querem legalizar o aborto e defender os jovens delinquentes"). Se o clima era majoritariamente contra o PT, que ninguém se iluda: a degeneração e a desmoralização do PT atingem toda a esquerda. Para a sociedade e os menos informados, esta é uma experiência da esquerda no governo.

9. O ódio de classe parecia estar mais presente agora do que há um mês.

10. Fui reconhecido por duas pessoas que estavam na manifestação, devidamente vestidas de amarelo, como boa parte dos presentes. Vieram falar comigo, tratando-me pelo nome. Provavelmente me conhecem de algum lugar, embora eu não me lembre delas. Menos mal que não me denunciaram (rs). A maré não estava pra peixe.

 

Cid Benjamin é jornalista.

Fonte: facebook do jornalista.


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