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pinoquioBrasil - Diário Liberdade - [Eduardo Vasco] Ameaças, perseguições, prisões, torturas, mortes, desaparecimentos... Vinte e um anos de repressão, que começavam há exatos 50 anos.


 O dia 1º de abril, Dia da Mentira, é uma data muito sugestiva para o que viria a seguir. Os militares fizeram de tudo para que a data da "Revolução" fosse lembrada como o dia 31 de março, quando as tropas saíram de Juiz de Fora em direção ao Rio de Janeiro. Mas, foi no dia seguinte que o Golpe de Estado foi concretizado.

Acusando João Goulart de querer implantar uma "ditadura comunista", e com a promessa de "devolver a democracia" ao país, os militares — com grande apoio de empresários, da mídia e dos Estados Unidos — instalaram um verdadeiro governo ditatorial, abrindo as portas do terror para o país, fechadas apenas 21 anos depois.

Em meio a um sistema cheio de contradições, os militares pregavam a "ordem", embora tenham causado uma desordem jamais vista na história da república.

Se auto-intitulavam "nacionalistas", mas venderam o Brasil para os grandes capitalistas estrangeiros — além de terem recebido treinamento militar e ajuda contínua dos EUA, durante todo o período da ditadura.

Outra contradição foi o apoio dos meios de comunicação ao Golpe de Estado. Praticamente todos os veículos noticiavam como "salvadora" e "gloriosa" a "Revolução" que vinha dos quartéis. Os donos dos jornalões, anticomunistas fervorosos, capitalistas reacionários e manipuladores da opinião pública, foram amplamente favoráveis à ascensão dos militares ao poder. Foram beneficiados, também. Mas o ofício do jornalismo pagou caro pela posição de seus patrões, com a censura da imprensa e a perseguição de jornalistas que lutavam pela verdade.

Os militares exibiam, para o povo e para o mundo, um país maravilhoso, desenvolvido e sem igual. A emissora oficial do regime, a Rede Globo, havia sido criada exatamente um ano após os golpistas tomarem o poder, com ajuda de seu dono, o milionário Roberto Marinho, a pessoa que mais enriqueceu durante o período militar.

Felizmente, as rosas venceram os canhões. Não nos termos nem na época em que Geraldo Vandré cantava a bela canção. Muito sangue teve que ser derramado e muitas vidas foram perdidas, assim como duas décadas que poderiam ter sido aproveitadas para tornar o país mais justo e igualitário para seu povo. Mas recuperamos parte da nossa dignidade de seres humanos.

A outra parte da dignidade ainda não foi recuperada. Ainda vemos resquícios de ditadura em nosso dia a dia. A PM continua operando com a mesma eficácia repressora de outrora. A imprensa continua sendo monopólio de um pequeno grupo de milionários, desinformando e manipulando o povo ainda hoje. E essa mesma imprensa faz alarde, julga e condena os políticos do Mensalão, enquanto torturadores do regime militar continuam impunes e, muitos, morrerão impunes.


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