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Foto de Mateus Zimmerman - Manifestação pelo passe livreBrasil - Diário Liberdade - [Bruno Lima Rocha] A reunião que o Movimento Passe Livre (MPL) teve com a presidenta Dilma Rousseff, ocorreu na 2ª 24/06/2013 e antecedeu o encontro da ex-ministra da Casa Civil de Lula com governadores e prefeitos de capitais. Ao mesmo tempo em que seria uma leviandade não reconhecer a importância das duas reuniões, me deixa muito mais esperançoso a postura pública do MPL do que os cinco pontos do projeto de Dilma para, em tese, tirar o país do impasse.


A delegação do Movimento foi conversar com a chefa do Poder Executivo, apresentou propostas, sondou se Dilma conhecia as bases do movimento (desconhecia) e saiu com a impressão de que nenhuma medida concreta estava por vir. Quando a Presidência considera alguma demanda como razão de Estado, abre o leque de manobras para tornar possível tal realização. Assim vem sendo com as obras da Copa e o mesmo se dá com a Usina de Belo Monte, apesar dos impactos e danos ambientais irreversíveis em consequência disto. Na expansão da base produtiva do agro, os direitos dos povos indígenas são repetidamente atropelados, assim como os ribeirinhos e quilombolas.  Poderia elencar dezenas de decisões baseadas na dita racionalidade, a que atende a demandas de grandes grupos econômicos e são sustentadas por uma plataforma ideológica de desenvolvimento capitalista subordinado.

Desta vez, apesar de toda a confusão nas ruas; da mescla entre civismo e luta popular; da grande mídia haver insuflado os elementos despolitizados, aumentando a perda de foco; do equívoco entre movimento não partidário para uma postura totalizante anti-partidária, vejo realmente uma luz. Após a instância com a presidenta, os delegados do MPL não ficaram nem impressionados com a dimensão que a luta tomou e menos ainda saíram de guarda baixa. É interessante notar a boa capacidade de articulação entre o embasamento teórico da causa defendida (o transporte como um direito e não como um negócio) e as relações com as outras demandas não atendidas na última década.

Após dez anos de co-governo do PT e outros partidos que outrora foram de esquerda, sempre aliados com o pior das oligarquias brasileiras e seus grandes agentes econômicos, os movimentos populares quase se desconstituíram. É da natureza da política que as novas formas de organização social advenham de frentes sociais não manipuláveis. Na semana em que o Planalto e seu marketeiro de plantão colocam um bode na sala, no auge da paranoia dos "golpes cibernéticos", realmente a melhor notícia é que o MPL não vai capitular.

Bruno Lima Rocha é cientista político


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