Estáticos ou em movimento, estamos todos rodeados a todo momento.
De olhos abertos, olhamos mas não vemos, são invisíveis, mesmo quando notamos suas presenças.
São todos imperceptíveis até o momento em que suas existências interfiram ou necessitem de respaldo alheio.
São mãos esticadas, vidros fechados, barrigas vazias e alimentos desperdiçados.
Podemos não ver, ou apenas fingir não notar.
Mas estão ali e aqui, em baixo da ponte, no banco da praça, buscando mudança ou deixando rolar.
Dia após dia, mantendo a esperança e esperando logo o dia acabar.