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231115 conscBrasil - Brasil de Fato - Manifestantes prestaram solidariedade aos estudantes que ocupam escolas contra a 'reorganização escolar' do governador Geraldo Alckmin (PSDB); ""Grande parte dos estudantes são negros e das periferias", disse militante


Contra o genocídio da população negra, pela democracia e direito à cidadania plena, centenas de pessoas participaram ontem (20), no centro de São Paulo, da XII Marcha da Consciência Negra.

Com faixas, intervenções artísticas e palavras de ordem os manifestantes se concentraram no vão livre do Masp e percorreram a rua da Consolação até o Teatro Municipal. Segundo os manifestantes, cerca de duas mil pessoas participaram da caminhada. A Polícia Militar não divulgou estimativa de quantas pessoas estiveram presentes.

O genocídio da população preta e periférica foi uma das principais pautas levadas às ruas no Dia da Consciência Negra. Presente na mobilização, o deputado Orlando Silva, que foi vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra Jovens Negros e Pobres instalada no início do ano, apontou para a importância da comissão que expôs a realidade da juventude negra.

"A conclusão que nós chegamos é que há um genocídio da juventude negra no Brasil. O homicídio no Brasil tem números escandalosos: são mais de 50 mil pessoas vítimas. É dez vezes mais que os homicídios nos Estados Unidos. A maioria desses homincídios acontece na periferia e são jovens, pobres e negros. A CPI apontou um plano de enfrentamento contra este genocídio", disse.

Segundo o deputado, uma comissão especial foi instalada na última quarta-feira (18), em Brasília (DF), para apresentar este plano em noventa dias. "Ele [o plano] vai passar pelo papel da polícia, sobre a sua desmilitarização, inclusive; e pela garantia de políticas públicas na periferia", completou.

Após a Marcha das Mulheres Negras que reuniu cerca de 20 mil mulheres em Brasília, na quarta-feira, a participação das mulheres na caminhada em São Paulo também foi massiva. Para Simone Nascimento, do Coletivo RUA, o mês de novembro tem sido de muita luta para a população negra em que "com certeza, Dandara e Zumbi vivem".

"A Marcha das Mulheres Negras na mesma semana que a Marcha da Consciência Negra é para dizer que as mulheres negras também gritam pelos seus direitos, e que se empoderam para falar de suas pautas. São as mulheres negras que estão sempre à margem, são elas que perdem os seus filhos, que ocupam os piores cargos de trabalho, são estas mulheres que morrem todos os dias tanto pela violência domêstica quanto pela violência do Estado, psicológica e social", frisou.

A Marcha também prestou sua solidariedade aos estudantes que ocupam dezenas de escolas no estado em protesto a proposta de 'reorganização escolar' do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que prevê o fechamento de instituições de ensino e a transferência de milhares de alunos.

"Grande parte dos estudantes são negros e das periferias que, quanto não morrem pela bala da Polícia Militar, passam por diversas precariedades para simplesmente viver", apontou Simone.

A resistência dos estudantes também foi lembrada por Milton Barbosa, um dos fundadores do Movimento Negro Unificado (MNU). Para ele, a luta dos estudantes tem uma importância fundamental para resgatar o ensino nas instituições públicas, que foi degradado há 50 anos com a ditadura militar. "Está se tornando um exemplo para o país inteiro", disse.


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