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280514 vidadocrack barbosaBrasil - Causa Operária - Fato só se repetiu com Dida, em 2006.


Em 1950, o Brasil também sediou a Copa do Mundo e teve um dos seus resultados mais desastrosos: perdeu do Uruguai no Maracanã lotado, com quase duzentas mil pessoas, quando precisava apenas de um empate para sagrar-se campeão, em 16 de julho.

O grande vilão apontado por todos pela derrota foi o goleiro Moacir Barbosa Nascimento, ou simplesmente Barbosa, que teria falhado no gol de Alcides Ghiggia, quando este se aproximou da pequena área pela direita e, ao invés de cruzar a bola, como esperava Barbosa, tocou no canto do gol, levando à tristeza quase 200 mil pessoas que acompanhavam o jogo e outros milhões de brasileiros.

Por sinal, o vilão da história era um negro e, diga-se de passagem, um dos melhores goleiros de todos os tempos. Além disso, Barbosa foi o único goleiro negro efetivo até a chegada de Dida, que defendeu a seleção brasileira na campanha da Copa do Mundo de 2006.

Ninguém faz questão de lembrar, mas Barbosa fez parte do chamado Expresso da Vitória do Vasco da Gama. Pelo clube, ganhou os Cariocas de 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958, e havia sido campeão sul-americano pela seleção brasileira em 1949.

Jornais da época dão conta de que não houve nenhum “silêncio ensurdecedor” depois do gol do uruguaio, muito pelo contrário, a multidão empurrava o time para que fosse atrás do gol da vitória.

Mas Barbosa ficou perseguido pelo carma de ser o responsável pela derrota brasileira, e acabou tendo um fim de carreira e de vida com pouco reconhecimento. Passou por grandes dificuldades financeiras e ficou dependente da ajuda de amigos para sobreviver na Praia Grande, onde faleceu dia 07 de abril de 2000.

A seleção jogou de branco e havia trocado o local da concentração no dia anterior. São outros fatores no folclore futebolístico que justificariam a derrota brasileira, e, desde então, a camisa amarela foi adotada. Uma mais curiosa justificativa da derrota é a missa forçada por Flávio Costa, então treinador do time, que deixou os jogadores em pé por duas horas, na manhã do jogo.

Os elogios de outrora, de sua elasticidade e os milagres nas traves foram todos esquecidos. Barbosa afirmava que era o único brasileiro a cumprir pena maior que 30 anos. Foram oito anos de toda sorte de ataques à Barbosa, até que a seleção levasse a taça de 1958, na Suécia, já sem o arqueiro negro.


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