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251215 tortilhaEuskal Herria - Borroka Garaia - [Traduçom do Diário Liberdade] Há praticamente quatro anos, em janeiro do 2012, escrevim um post intitulado 20 maneiras de dar cabo da esquerda independentista. Passados estes quatro anos, vou virar a tortilha, reescrevendo-o no seu negativo literalmente.


 Isso porque o seu verso acho que é o que com cada vez mais evidente urgência hoje pode pôr algumhas bases nom apenas para reforçar e revitalizar umha esquerda independentista com escassa energia e com graves sinais de aniquilosamiento, mas para, ao mesmo tempo, pôr as bases que permitam quebrar o ponto morto aonde chegou o processo de libertaçom nacional e social com o desaparecimento do “problema basco” sem que desapareça.

1. Voltar a converter o MLNB em um movimento político

O MLNB foi um movimento político de libertaçom nacional e social com trabalho em diversos ámbitos, com diversas organizaçons. A quebra da flexibidade organizativa e seguir de um modelo centralizado de partido clássico debilitou as dinámicas populares, centrando-se no umbigo institucional e eleitoral de política profissional. A refundaçom do MLNB deveria ser umha construçom sofisticada que se construa sobre a experiência de décadas para se adequar às necessidades de hoje e de amanhá, evitando verticalismos e burocracia desnecessária e, ao mesmo tempo, sendo um exemplo vivo de poder popular. O MLNB esgotou-se estruturalmente, mas a soluçom nom é um partido do século XIX, mas um movimento revolucionário diversificado que outra vez esteja adiantado ao seu tempo. Reconfiguraçom total da unidade popular, abrindo-a a toda a esquerda independentista. A melhor contribuiçom a EH Bildu será umha esquerda independentista saudável, nom a sua dissoluçom. A força da unidade é a diferença e as diferentes singularidades, nom o rolo.

2. Que as dinámicas a nível local sejam prioritárias sobre as nacionais

As manifestaçons nacionais, os votos e o trabalho nas instituiçons devem ser a a cereija no topo do bolo que é todo o trabalho de base, a começar nos bairros. Trabalho totalmente fundamental para a casa nom desabar estrutural e ideologicamente devido ao delegacionismo. Voltar ao bairro, à militáncia, ao contato com a gente e retomar as ruas.

3. Reconstruir e repensar toda a organizaçom revolucionária, socialista e de classe

A existência de organizaçons revolucionárias e neste caso que mantenham o lume histórico do socialismo revolucionário, base ideológica da esquerda independentista, é umha necessidade e um valor importante para enriquecer a unidade popular e fortalecer a pluralidade. Na minha opiniom, este é um dos pontos vitais para avançar na açom direta / poder popular / autogestom /desobediencia / fábrica de militantes e o fortalecimiento do movimento popular. Passou já um tempo mais que prudencial para abordar definitivamente neste tema e perceber o erro cometido, por isso, os interessados e interessadas devem começar já.

4. Utilizar a transparência a nível interno

A falta de transparência leva ao corporativismo, ao impedir o debate por falta de informaçom, tornando as posturas extremas, o que impossibilita o entendimento. A opacidade tenciona moldar opinions, em vez de contrastá-las e que as propostas cresçam e se reforcem num trabalho ideológico cooperativo. A opacidade molda vontades, nom ideias e propostas, que som as moldáveis. Cartas sobre a mesa e partilha equitativa do baralho.

5. Fazer o que se di

Pode-se dizer algo e fazê-lo mal, com o qual se abre a possibilidade da evoluçom até o fazer bem. No entanto, dizer algo de forma retórica enquanto nom se criam as condiçons para o levar a cabo estraga a confiança e afeta todas e cada umha das parcelas de trabalho.

6. Potencializar a inovaçom mediática

Qem se mexe, nom sai na foto. O discurso único gera um medo cénico ao debate e à confrontaçom de ideias. A repetiçom permanente de ideias base sem crítica impede oxigenar processos de pensamento coletivo e coloca numha foto estática permanente o que deveria ser fluir de ideias. Fam falta novas formas e meios nacionais para este país, construídos e geridos a partir do mais profundo da classe trabalhadora basca.

7. Nom fazer amizades que nom o merecem

Julgar erroneamente que dando graxa, além disso injustificadamente, em vez de confrontando, se criam as condiçons de avanço e mudanças de posicionamento. Nunca acontece assim. Ver história do PSOE para mais informaçom. Serve também com o PP.

No caso dos seguidismos em qualquer sentido, só pode esbater a proposta da esquerda independentista e leva à ruína. Som os outros setores que tenhem de reagir perante a iniciativa da esquerda independentista e nom ao invés.

As alianças sociais nom se fam em escritórios entre partidos e políticos, devendo ser a sociedade mesma, a partir das suas entranhas, quem as produza, evitando o delegacionismo que começa e termina em quatro paredes dos escritórios. Se o seguidismo ao reformismo nacional do PNB desmanchou nos últimos anos o processo de libertaçom nacional e social, fazer seguidismo do reformismo social ou qualquer outra coisa nom é menos grave. Ou a esquerda independentista ocupa o seu lugar, fazendo força a partir do eixo revolucionário para abrir opçons, ou perderá a sua força (o que está a acontecer), julgando que as instituiçons por elas próprias podam produzir qualquer mudança.

8. Nom mudar princípios e pilares ideológicos por praticismo radical pragmático.

Se nom existir verdadeiro equilíbrio entre princípios ideológicos e prática, a balança pode desnivelar-se de tal maneira que, afinal, a prática nom irá focada nuns baremos ideológicos desejados, sendo moldada por agentes externos.

9. Retomar o assemblearismo popular

Passar de movimento político assemblear a esquemas estruturais e de tomada de decisons de partido convencional, sabendo que os partidos políticos tradicionais som autênticas armas integradoras para as classes populares.

10. Nom estender a mao à militáncia para ficar com o braço

Tomar posicionamentos táticos ou estratégicos e a partir daí construir outros posicionamentos fazendo exibiçom de elementos previamente nom acordados ou consensualizados. Agendas em cima da mesa para que se compartilhem desde o princípio é o que reforça a aposta estratégica.

11. Traguer a luita de classes ao plano nacional

As duas caras da moeda. Consciência nacional de classe. Quando a independência e o socialismo som as bases do teu projeto, sem umha pata, nom simplesmente se coxeia, como cais mesmo ao chao. Quer no nacional, quer no social.

12. Nom excessiva crítica

A excessiva crítica sem qualquer contributo ou a crítica destrutiva podem bloquear processos de evoluçom e pôr à autodefensiva o interpelado, fazendo-lhe perder recetividade à mensagem. Mau ambiente generalizado.

13. Nom falta de crítica

A falta de crítica sem nengumha reflexom pode bloquear processos de evoluçom e baixar o nível de alarme ideológico, fazendo perder contato com as necessidades reais de um processo político. Moleza generalizada.

14. Fazer-se confrontador nom mediador

Um movimento mediador, desideologizado e defensivo nom defende a sua posiçom com contundência nem ataca com decisom os elementos opostos para os erodir. Isso nom gera as condiçons para que depois exista a mediaçom e o acordo. Sem deixar o enquadramento discursivo da soluçom e diálogo, manter a atitude ofensiva em todo o resto, tensionar. nom à normalizaçom política banal do Pacto de Ajuria enea.

15. Nom priorizar o institucionalismo

As condiçons políticas e sociais de avanço nos objetivos nom as geram as instituiçons, mas umha sinergia de todas as frentes de luita. Centralizar o volume de luita nas instituiçons faz esvaziar esse volume.

16. Que o sindicalismo, a frente institucional e o movimento popular nom fiquem desligados

A maioria sindical basca (Quando for recomposta!) deve traduzir-se numha maioria política e numha maioria social. E nom deve ter incoerências entre elas. Coordenaçom e debate.

17. Tensionar-se

A luita por si mesma gera um tensionamiento, já que toda a luita requer, por força, um choque com os eixos que fazem com que umha situaçom seja opresiva. É por isso que toda “luita” que nom procure esse confronto com esses eixos é falsa.

18. Nom esquecer a história

Nom transmitir às novas geraçons a história da esquerda independentista, os seus debates passados, as suas contradiçons, os seus elementos positivos e negativos. Se a correia de transmissom nom funciona, nom se saberá de onde vimos e, portanto, nom iremos aonde se queria.

19. Nom alimentar o personalismo

A esquerda independentista é um projeto coletivo acima de siglas, partidismos e personalismos. Essa foi umha das bandeiras da cultura política da esquerda independentista mais bem-sucedidas que, além disso, impediu o delegacionismo. Recusá-la só é umha amostra de fraqueza e falta de confiança no projeto coletivo quando nom de interesses ideológicos de controlo.

20. Nom sucumbir ao taticismo e aos placebos do sistema

Ainda ultrapassando a repressom que foi pondo o Estado ao longo dos anos para dificultar o processo de libertaçom nacional e social, só se estaria a dar saída a umha parte das conseqüências do conflito político. Manteniendo este intacto. Assim mesmo, triunfar dentro dos esquemas do sistema também nom mudaria per se nada.

Reforçar à esquerda independentista é requisito para que qualquer estratégia poda dar frutos. Por muito que se diga, esta estratégia sim, esta estratégia nom, nom existe umha estratégia definida para a libertaçom nacional e social, mas para outras coisas. Nom se vai além de vaguidades e o que vai primando com o passar do tempo é o mero oportunismo, como umha ventoinha, enquanto as oportunidades se esfuman e nom se criam novas. Daí que nom só haja que reforçar a esquerda independentista, mas umha reconsideraçom total e absoluta de aquilo que se está a fazer e de aquilo que nom se está a fazer. Sem muitas das bases anteriores é muito possível que nem sequer existam instrumentos adequados para poder fazer essa reflexom em mínimas condiçons.


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