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020314 confrontoGaliza - AGIR - [Aarom Cubeira e Antia Balseiro] Sem lugar a dúvidas, a greve de 20 de fevereiro contra a LOMQE, convocada polas organizaçons estudantis galegas, tivo umha resposta exitosa que há que avaliar positivamente. 


 

A iniciativa promovida e realizada conjuntamente pola nossa organizaçom junto às outras entidades galegas, conseguiu cumprir umha jornada de luita que devemos aproveitar, tensionando o combate contra as reformas educativas que vam em contra dos interesses do estudantado galego de extraçom popular.

Após várias greves convocadas polas organizaçons soberanistas e algumha por parte de entidades estudantis de obediência espanhola, pudemos constatar na realidade que a consciência no estudantado galego contra este ataque direto ao projeto educativo que defendemos foi adquirindo um maior grau de contundência e combatividade nas ruas dalgumhas cidades e vilas do país. E para nós, que defendemos um projeto revolucionário no ámbito do ensino, obviar esta realidade seria agir em contra dos nossos princípios. Agir sem inteligência revolucionária.

Estamos de acordo com que os diversos métodos de luita contra às múltiplas formas de opressom que padecemos devem estar adequados ao contexto concreto da situaçom concreta, mediante umha análise das conseqüências e inconvenientes que para um determinado projeto e para o conjunto do estudantado galego popular podam ter.

Efetivamente, a situaçom é grave e a necessidade de acumular forças, nesta época de crise e ofensiva do Capital, mais urgente do que nunca. Mas achamos um erro a perspetiva unidirecional e mecánica que parte da base de que a acumulaçom de forças entre o estudantado virá de mobilizaçons estáticas que se sucedem sistematicamente. Se atendemos à realidade e o progresso da luita contra a LOMQE, observamos que o estudantado mais avançado e consciente politicamente demandava dar um passo mais na luita, avivando o confronto contra a lei Wert e o desmantelamento da educaçom pública. Intervir, pois, com dinámicas mais combativas e comprometidas nas mobilizaçons é um exercício coletivo que temos o dever de implementar se estamos observando que amplos sectores do estudantado se disponhem para dar esse passo. Nom podemos pôr freios criminalizadores ou acusadores à rebeldia de quem apenas dispomos da luita como forma de atingir melhoras.

A nossa organizaçom, consciente da necessidade de dar um resposta em chave nacional à espanholista, neoliberal e patriarcal lei LOMQE, participa dumha iniciativa que se baseia na unidade de açom galega, pois achamos que este é o caminho no contexto atual e no futuro imediato, para pôr freios ao avanço do projeto nacional espanhol e do sistema patriarco-burguês. Umha resposta organizada polo estudantado galego auto-organizado e para o estudantado galego de extraçom popular, umha resposta sem ingerências nem dinámicas alheias à nossa realidade nacional, eis aí que está o caminho, e AGIR tem clara a necessidade de afondar nessa senda.

Mas a visom pormenorizada da situaçom desta greve exigia estabelecer novos passos no combate. É assim que umha organizaçom enquadrada num projeto revolucionário como a nossa espalhou a legenda de “Há que combatê-los”. E consideramos indispensável pois, manter o máximo nível de coerência possível entre o nosso discurso e a nossa prática. É assim que AGIR nom só estivo do lado, mas também fijo parte do estudantado mais combativo, dando um passo mais face a visibilizaçom do conflito, a rutura da normalidade democrática e, também, a acumulaçom de forças que estas práticas tenhem demonstrado. Em nengum caso, a utilizaçom destes métodos dissimilou ou escureceu o éxito da greve, senom todo o contrário. As condiçons subjetivas do estudantado som mais favoráveis a estas respostas.

As reaçons nas ruas constatárom a demanda dumha radicalizaçom da luita contra a LOMQE. Em nengum caso fôrom comportamentos individualistas ou coletivos com vocaçom marginal. Em duas cidades galegas houvo um confronto de massas, que se pode constatar em imagens. Centos de estudantes galegos e galegas, que nom eram minoria em relaçom ao número total de assistentes, luitárom polos seus direitos exercendo uns métodos totalmente adequados perante a intransigência por parte de Espanha de botar abaixo umha lei patriarcal, espanholista e em prol do ensino privado. A opressom que estamos a padecer nom podia voltar a responder-se com manifestaçons que, sendo necessárias, ficavam ocultadas ante o elevado grau de autoritarismo ao que está chegando o capitalismo espanhol.

Foi atuando desde a coerência com o nosso projeto político que nos enfrentamos a esta nova greve. E foi um passo mais neste combate que nom devemos desaproveitar. Consideramos que a criminalizaçom deve ficar à margem assim como achamos positivo o debate ideológico e as críticas contrutivas. Porque nom se criminalizou umha minoria, senom um projeto, umha demanda estudantil e umha alternativa legítima e necessária. Obvia-se a realidade ou teme-se avançar deste jeito.

Porém, reiteramos e sabemos que a iniciativa política é primordial. Assim como também o é realizar novas jornadas de luita mantendo a unidade de açom, pois estamos certos que só assim conseguiremos os nossos objetivos e poderemos avançar face um ensino galego, público, democrático, de qualidade e nom patriarcal.

AGIR manterá sempre a sua coerência revolucionária. Por isso apelamos a nom deixar cair na passividade estas novas condiçons geradas após o 20 de fevereiro. É preciso mais umha jornada de luita, em chave nacional, que volte sacar às ruas ao estudantado galego contra a LOMQE.

Galiza, 1 de março de 2014

Antia Balseiro e Aarom Curbeira som militantes de AGIR

 


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