Em declarações a Prensa Latina, Andrés Paris, membro da delegação das FARC-EP que sustenta nesta capital diálogos de paz com o governo de Juan Manuel Santos, comentou as circunstâncias propícias para a aproximação das duas forças.
As FARC-EP informaram com anterioridade sobre encontros entre seu máximo líder, Timoleón Jiménez, e Nicolás Rodríguez Bautista, alias Gabino, cabeça do ELN, nos quais conversaram sobre estratégias comuns.
Desejamos que se estabeleçam também negociações oficiais com o ELN, ainda que nossa vontade seja a convergência das partes em um mesmo espaço de diálogo, ao qual o Governo se nega, destacou Paris.
Apesar da possibilidade de duas mesas, concebemos o processo como um só encaminhado para a paz, sublinhou.
Ambas organizações temos uma mesma visão sobre a solução política do conflito, não a entendemos como rendição ou entrega de armas, senão como uma transformação necessária para a Colômbia que implicaria mudanças sociais e econômicas, pontuou.
Nestes momentos, as reuniões em Havana discorrem sobre o tema das drogas ilícitas na Colômbia, terceiro ponto de pauta dos diálogos estabelecidos faz mais de um ano.
Ao respeito, Paris destacou a intenção das FARC-EP de empregar-se a fundo no próximo ano na construção de um plano de substituição de cultivos de coca, maconha e Amapola que parta da visão integral das necessidades dos camponeses.
O mesmo compreenderá estratégias para o desenvolvimento econômico das regiões em acordo com o critério das comunidades e afastadas totalmente dos compromissos do país com as políticas estadunidenses de repressão para os cultivadores, referiu.