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placas amesGaliza - NÓS-UP - Coincidindo com 39 aniversário da morte do ditador espanhol Francisco Franco, a Assembleia Comarcal da Unidade Popular de Compostela retirou do recinto da igreja do Biduido, em Ames, duas placas fascistas.


 

Perante o incumprimento da legalidade vigorante da Lei da Memória Histórica, e tal como vimos fazendo de forma sistemática desde 2005, eliminamos do monólito instalado à beira da igreja de Santa Maria do Biduído duas placas de mármore com as legendas “Gloria a los caídos por Dios y por España 1936-1939″ e “Mártires José Calvo Sotelo, José Antonio Primo de Rivera”. Ambas placas já fôrom destruídas para evitarmos que podam ser reincorporadas ao lugar.

Esta açom, como todas as que vimos realizando, som umha modesta homenagem da esquerda independentista a Fernando Bárcia Beiras, Arturo Brions Varela, Ângelo Casal Gosende, José Devesa Areosa, Camilo Dias Balinho, Fernando Domingues Caamaño, José Germam Fernández, Rafael Frade Penha, Joám Jesus Gonçalves Fernández, Constante Liste Forjám, Serafim Marinho Santos, José Maronho Calvo, Manuel Maronho Calvo, Luís Martins Nouche, Jesus Parrado Baamonde, Rafael Pardo Carmona, Marcelino Pasím Noia, Modesto Pasím Noia, Francisco Ponte Cês, José Posse Miguens, António Ramos Varela, Luís Rastrolho Gonçalves, Generoso Ribadulha Maio, José Tourinho Castro, Ricardo Vasques Gomes, Narciso Vidal Fraga e Marcial Vilamor.

Umha iniciativa permanente

Dúzias de símbolos fascistas tenhem sido retirados de edifícios, sedes e espaços públicos da comarca de Compostela e do conjunto da Galiza, ou bem pintados de cor-de-rosa por NÓS-UP.

Entre muitos outros, podem destacar-se alguns como: o monumento ao soldado Lois e placas do rueiro de Ordes; as placas do campo da igreja de Santo Tomé, também em Ames; as placas da igreja de Santa Maria de Figueiras, em Compostela; centenas de placas do “Ministerio de la Vivienda” com o jugo e as flechas falangistas em edifícios de diversos bairros da capital da Galiza; a placa dedicada a Calvo Sotelo e José Antonio no monólito do recinto da igreja da paróquia de Laranho em Compostela; pintagem de cor-de-rosa o escudo fascista nas escadas de acesso à estaçom de comboio; etc, etc.

De 2000 à atualidade

A esquerda independentista entrou no século atual atuando contra a permanência do franquismo nos espaços públicos galegos.

Já a 20 de novembro de 2000, pintou de cor-de-rosa a estátua equestre de Franco em Ferrol numha espetacular açom que tivo continuidade a 7 de dezembro de 2003, quando ativistas de NÓS-UP decapitárom a estátua mais antiga de Franco na paróquia de Sam Mateu de Narom.

Coincidino com o 30 aniversário da morte do ditador, a 20 de novembro de 2005, quatro militantes da Unidade Popular fôrom detidos pola polícia espanhola depois de acederem à varanda da suposta casa natal do assassino Francisco Franco em Ferrol, tingindo-a completamente de cor-de-rosa e eliminando umha placa de mármore que presidia a fachada principal.

Centenas de placas, cruzes, escudos, símbolos falangistas e os mais diversos elementos da simbologia fascista fôrom entregues às autoridades autonómicas a 13 de junho de 2006 mediante o seu depósito nas portas de Sam Caetano, em Compostela, após ter solicitado por escrito à Junta da Galiza a sua retirada com a entrega de um exaustivo censo. Eram tempos do governo bipartido PSOE-BNG na instituiçom autonómica.

Posteriormente e até hoje, temos continuado a retirar e a limpar a Galiza de símbolos impostos polo fascismo espanhol.

Carência de vontade política e repressom

Por esta intensa e prolongada campanha de açom direta, dúzias de militantes e simpatizantes de NÓS-Unidade Popular fôrom submetidos ao assédio policial e judicial. Tivemos que fazer frente a dúzias de julgamentos e ao pagamento de multas de milhares de euros polo único “delito” de contribuirmos para a limpeza do lixo fascista do nosso país, assumindo umha tarefa sistemática que as instituiçons públicas se recusavam -e se recusam- a fazer.

Novamente, denunciamos a carência de verdadeira vontade política dos governos “progressistas” e nacionalistas para retirar a simbologia fascista que ainda continua nas nossas ruas. Embora  a Lei da Memória Histórica tenha sido derrogada de facto, pois nos Orçamentos Gerais do Estado para 2013 e 2014 carece de dotaçom orçamental para a sua aplicaçom, por higiene, justiça e dignidade democrática, há que optar pola açom direta.

Mais fazer e menos dizer!

Homenagem às vítimas do fascismo

Compostela tem umha imensa dívida histórica com toda a vizinhança que no verao de 1936 perdeu quase todo, muitos a sua própria vida, por defender a legalidade vigorante frente ao terror fascista.

Quase oitenta anos depois de terem sido vilmente assassinados, a capital da Galiza ainda nom reabilitou, nem homenageou estes vizinhos, militantes dos partidos de esquerda e sindicalistas.

A Cámara Municipal tem ainda pendente organizar umha homenagem pública de reconhecimento a sua entrega à causa da Liberdade e a Justiça social, nomeando filhos prediletos de Compostela a todos os vizinhos asassinados polo fascismo.

É umha necessidade democrática ineludível levantar no cemitério de Boisaca, onde a 3 de dezembro de 1936 fôrom fusilados 12 dirigentes republicanos, um monumento às vítimas. Igualmente é necessário levantar outro no centro da cidade.

A Assembleia Comarcal de NÓS-UP solicita igualmente ao governo municipal do PP:

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- A retirada da simbologia franquista.

- Designar ruas, praças, jardins, centros e instalaçons municipais com os nomes das vítimas.

- Realizaçom dumhas jornadas de caráter itinerante polos bairros e centros de ensino que dem a conhecer o sucedido.

- Aprovaçom de um acordo plenário dirigido ao governo espanhol e Junta da Galiza a prol da devoluçom do património às entidades e particulares afetados polo golpe militar.

- Compensaçom económica a tod@s @s represaliad@s polo franquismo.

- Financiamento de todos os trabalhos de investigaçom em curso e criaçom de um Instituto Municipal de Investigaçom e Recuperaçom da Memória Antifascista.

- Exigir à igreja católica um reconhecimento público das imensas responsabilidades na repressom e legitimaçom franquista.

- Anulaçom de todos os julgamentos e condenadas realizadas no franquismo.

 


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