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15413372335 64cbea2ae3 zCuba - Diário Liberdade - [Edu Montesanti] O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para o tema do ébola, David Navarro, destacou os aportes de Cuba para combater o vírus ebola, que já deixou mais de 4.500 mortos na África Ocidental (gráfico, ao final deste artigo).


Foto da Organização Panamericana da Saúde (CC by-nd/2.0) - Representante de Cuba em reunião sobre o ébola.

*Edu Montesanti é autor de "Mentiras e Crimes da "Guerra ao Terror"" e do blog http://www.edumontesanti.skyrock.com/.

Rigorosamente preparados na ilha caribenha, nação mais mais avançada em medicina do planeta, 63 médicos e 102 enfermeiros (165 profissionais ao todo) já colaboram em Serra Leoa e Libéria. Alguns destes profissionais da saúde são oriundos também da Venezuela.

Sem cobertura midiática internacional, nenhuma menção do governo de Washington, supostamente tão alarmado com a epidemia ebola. Tudo isso era de se esperar.

Navarro chegou neste domingo (19) a La Habana para assistir à Cúpula extraordinária da Aliança Bolivariana dos Povos da América Latina (ALBA) sobre o ebola, que se realizará nesta segunda-feira na nação caribenha.

"Há que se louvar o apoio que vocês oferecem ao povo africano neste momento, e ao longo dos anos", disse Navarro aos meios de comunicação na capital cubana, antes de ressaltar que Cuba dá "uma mostra de solidariedade, de irmandade e de apoio de primeira classe. (...) É gratificante saber que o governo de Cuba aceitou colaborar com outros governos", afirmou o funcionário da ONU.

Cúpula Extraordinária da ALBA

Neste domingo (19), chegaram à capital cubana de La Habana vários chefes de Estado e de Governo, assim como representantes das nações integrantes da ALBA, a fim de discutir segunda-feira como enfrentar o ebola.

Trata-se de resposta ao chamado do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban ki-Moon, para que sejam reunidos esforços internacionais na prevenção e enfrentamento da epidemia que afeta nações da África Central e Ocidental, hoje maior emergência sanitária mundial desde que o ebola surgiu, em 1976 no Zaire.

Após desaparição da epidemia, ela retornou em 2013 em Guéckédou, floresta do Guiné nas proximidades da fronteira com Libéria e Serra Leoa. Estes três países são os mais afetados, e a crise tem alcance regional mais amplo já que a enfermidade poderia afetar mais de 1 milhão e 400 mil pessoas, em meados de janeiro de 2015.

Na Cúpula, a ALBA definirá a contribuição integrada diante deste desafio sanitário para evitar a propagação da enfermidade na América Latina e o Caribe, afirma Ban.

"É necessário unificar critérios. É um passo importante [a Cúpula]. A ALBA posiciona-se na vanguarda de um tema que vem preocupando e alarmando a opinião pública mundial. Devemos unificar os protocolos de atuação", declarou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em um breve discurso no aeroporto José Martí, na capital cubana, após ter sido recebido pelo ministro de Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, e outras autoridades locais e venezuelanas.

"Isto é um bom sinal do poder que tem a ALBA para se auto-convocar diante de certas circunstâncias. Na ALBA, o elemento diferencial é ser um bloco para a paz e para a solidariedade. A ALBA se caracteriza por ser uma aliança para a vida, afirmou o presidente Maduro.

O organismo, nascido en 2004, é integrado por Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, República Dominicana, Equador, Nicarágua, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Venezuela, Suriname, Guiana e Haiti.

Contraste que a Mídia Não Vê

Enquanto os Estados Unidos, nenhuma novidade, enviam militares às nações africanas afetadas pelo vírus, e a administração de Obama já cogita a aplicação de mais política de linha dura "para combater a enfermidade", uma vez mais Cuba envia ajuda humanitária assim como, em parceria com outros governos progressistas da América Latina, tem feito na Síria ao enviar, desde 2013, ajuda humanitária através de assistência médica, sanitária e alimentar..

E como nem poderia ser diferente, dentro de sua desconstrução social, econômica e política da realidade a fim de confundir a opinião pública em prol dos interesses das grandes corporações internacionais, a mídia predominante não apenas não fez tal comparação entre as políticas da "democracia" norte-americana, propalada por ela como "a mais avançada do globo", e a "cruel ditadura cubana" neste caso do ebola.

Pois a grande mídia internacional, defensora dos interesses econômicos e políticos dos que a sustentam, nem sequer tem noticiado a Cúpula da ALBA, cujos blocos latino-americanos são sempre demonizados por ela, distorcendo completamente os fatos apoiando-se em sua prática da desinformação.

Fidel Castro, líder da Revolução Cubana, defendeu em seu mais recente artigo, A Hora do Dever, a importância da participação destas nações para dar passos pertinentes que impeçam a extensão da epidemia, e combatê-la de forma rápida e eficiente.

São fatos que não podem passar desapercebidos da opinião pública, afinal, apenas vêm a reforçar a alegação de que um outro mundo é mais que possível: é urgente, e está em curso bem distante das grandes potências mesmo em momentos mais delicados, lamentavelmente.

Em outras palavras: enquanto houver capitalismo, a história política, econômica e midiática sempre se repetirá, tragicamente.


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