Apesar do período de chuvas, os reservatório continuam se esvaziando no sudeste, que representa 70% da capacidade das hidrelétricas do Brasil. E já ficaram próximos aos 17% da capacidade segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Em janeiro de 2012 a capacidade era de 76%, caindo para 37% em janeiro de 2013.
Pela primeira vez, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou que o governo será obrigado a adotar medidas de racionamento caso o nível dos reservatórios cair para 10%.
A última vez em que o Brasil importou energia elétrica da Argentina foi em 2010, o que voltou a se repetir nos últimos dias.
Em São Paulo, a Sabesp (Companhia de Abastecimento Básico do Estado de São Paulo) anunciou por meio do novo presidente, Jerson Kelman, que o racionamento deverá ser iminente. Hoje, o consumo já é 25% inferior ao que seria no caso de fornecimento normal.
A ANA (Agência Nacional de Águas) estabeleceu regras e condições de restrição de uso para captação de água nas bacias dos rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia, que serão aplicados quando o nível do armazenamento cair para menos de 5%.
No Rio de Janeiro, o nível do do reservatório de Paraibuna, que fica no Vale do Paraíba (SP) e é apontado como a "caixa d'água" da bacia do Rio Paraíba do Sul o maior dos quatro que abastecem o Estado, chegou a zero pela primeira vez, obrigando ao uso, pela primeira vez, do chamado volume morto. No início de novembro, o nível estava próximo de 5%.
O nível dos outros três reservatórios que integram o sistema, Santa Branca, Jaguari e Funil, se encontram com um volume médio próximo a 1%.
Segundo estudos, esta crise pode levar até mesmo a um êxodo da região de São Paulo, gerando um enorme prejuízo para a população da região e a economia do país. O governo tucano, que vem negligenciando a questão há mais de uma década, praticamente sem ampliar a capacidade de produção de água do estado, depositou sua confiança apenas no aumento da quantidade de chuvas, colocando em risco o estado mais desenvolvido do país.