Durante os três meses de verão, o Governo do PP adquiriu 400 capacetes no valor de 156.816€ e 448 coletes de proteção antigolpes por 154.492,80€ à empresa FEDUR, S.A; 1.395 protetores de pernas a Total Controle Handcuffs, SLU por 162.043,20€ e 1.248 escudos a ECOYMA por 113.256€.

O Ministério espanhol do Interior já anunciou esta compra depois das Marchas da Dignidade do 22-M, onde alegadamente um elevado número de agentes teriam ficado feridos quando agrediam manifestantes. No entanto, este é o único incidente grave oficialmente reconhecido em 2014, segundo a delegação do Governo. De fato, as manifestações na Comunidade de Madri desceram em 38% no ano atual. Nos sete primeiros meses, contabilizam-se 1.856 protestos, o que se traduz em 1.139 menos que no mesmo período em 2013. Cifuentes, delegada madrilena do Governo, atribui esses dados a uma "melhoria da economia" e a que "os grupos antissistema (sic) decidiram participar do sistema e passar a ser casta", em referência ao grupo Podemos.

No ano passado, os orçamentos gerais do Estado aprovados pelo Governo para a compra de Material Anti-motins e Equipamentos Específicos de Proteção e Defesa chegavam a 3,26 milhões de euros, quantidade elevadíssima se comparada com os 173.670 euros investidos em 2012.

O Ministério espanhol do Interior apontou em 2012 que desde esse ano e até 2016 o investimento previsto para repor e modernizar o material que utilizam os policiais anti-motins alcançaria os 10,02 milhões de euros.