Foto: Rebelião no Pavão-Pavãozinho e Cantagalo.
A primeira morte aconteceu durante a madrugada. O jovem dançarino do programa "Esquenta", da Rede Globo, Douglas Rafael da Silva Pereira, teria sido espancado até a morte por policiais da UPP. Logo pela manhã, moradores revoltados começaram a protestar. Barricadas foram feitas pelas ruas da favela durante um intenso confronto entre moradores com paus, pedras e garrafas; e policiais armados com granadas e fuzis.
Duas pessoas que estavam protestando teriam sido baleadas e mortas por PMs, um garoto de 12 anos identificado como Matheus e um rapaz de 27, identificado como Edilson da Silva Santos. Nossa equipe foi conduzida pela favela pela líder comunitária Deise Carvalho. Desde as 18h o Cantagalo estava sem luz e até o fechamento deste vídeo, o fornecimento de energia ainda não havia sido reestabelecido. Nossa reportagem também conversou com a mãe de Douglas, a técnica em enfermagem, Maria de Fátima da Silva. Muito revoltada, ela criticou a UPP e exigiu justiça para os assassinos de seu filho.
— A causa da morte de Douglas Rafael da Silva Pereira foi "Hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do torax - ação perfuro contundente". Segundo especialistas existe uma enorme chance de ter sido tiro. Também é certo que a morte não foi decorrente de uma "queda" como foi suposto. Segundo a família o corpo está muito machucado e com diversas escoriações principalmente no rosto. O laudo com mais detalhes tem o prazo de 30 dias para sair, mas poderá sair antes — disse o advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da OAB sobre o laudo divulgado pelo IML sobre as causas da morte do jovem dançarino Douglas Rafael.
As informações são do Jornal A Nova Democracia.