Diversas cidades da Galiza tivérom hoje manifestaçons convocadas pola sucursal galega do Sindicato de Estudantes, juntando milhares no caso de Vigo contra a Lei Wert, coincidindo com o envio do texto ao senado espanhol. Também houvo convocatórias na Corunha, Ferrol, Compostela e Lugo.
A maior manifestaçom de estudantes decorreu em Vigo, com um saldo repressivo que inclui meia dúzia de estudantes detidos e importantes espancamentos policiais contra a mobilizaçom na principal cidade galega.
A força convocante da manifestaçom definiu como "desproporcionada" a carga policial, alegando que a marcha tinha sido "pacífica" até o momento em que "20 pessoas com a cara tapada" terám "provocado", sempre na versom do Sindicato de Estudantes, a violenta irrupçom da polícia espanhola.
A comunicaçom social da burguesia defende a atuaçom dos seus violentos
Também os meios de comunicaçom da burguesia figérom ao longo do dia a sua própria "carga violenta" contra o direito de manifestaçom, culpando "um grupo de encapuzados alheios à manifestaçom" das brutais agressons da polícia espanhola, que incluírom verdadeiras "armas ilegais" para disparar contra os e as estudantes que protestavam contra a neoliberal, elitista e espanholizadora Lei Wert. Como sempre, meios como La Voz de Galicia, Faro de Vigo et alii dérom já o seu aval incondicional à atuaçom repressiva. Precisamente foi o jornal viguês que acusou abertamente os detidos hoje de "provocar destroços" em manifestaçons anteriores, dando difusom à versom policial sem qualquer contraste ou respeito pola presunçom de inocência.
Quanto à violência policial, às habituais bolas de borracha, somárom-se nesta ocasiom "bolas de matraquilhos", segundo testemunhos gráficos e declaraçons de pessoas participantes na mobilizaçom viguesa. O número de pessoas feridas nom foi ainda determinado com precisom, mas vizinhos e vizinhas da zona testemunhárom as porradas com que os fardados agredírom rapazes e raparigas de curta idade que protagonizavam umha "sentada" pacífica na Gram Via viguesa. Alguns pais e maes metêrom denúncias por via judicial contra as agressons aos seus filhos e filhas menores por parte da polícia espanhola.
Outros testemunhos asseguram que, frente às agressons policiais, grupos de estudantes defendêrom-se lançando pedras e garrafas contra os violentos armados de farda azul mandados polo governo espanhol.
Se bem o Sindicato de Estudantes reparte culpas entre a polícia do PP e supostos "provocadores", o certo é que foi visível desde antes do início da marcha umha inusitada presença intimidatória da força de choque espanhola, nada propícia à livre manifestaçom de nengum dos numerosos coletivos sociais afetados pola atual crise e pola ofensiva reacionária dos governos do PP.
Com a nova lei do PP, denunciar as agressons será punido
As redes sociais reproduzírom ao longo do dia as imagens das agressons policiais, fotos e vídeos, no que poderia ser considerado "falta grave" punida com fortes multas se o anteprojeto de Lei de Segurança Cidadá que o PP apresentou ontem estivesse já em vigor.
Enquanto a violência policial vai em aumento os filhos políticos de Franco agitam contra os setores mais castigados pola crise e anuncia leis de orientaçom quase-fascista para combater os protestos populares.
Oferecemos a seguir alguns vídeos da violência policial filmada hoje em Vigo, advertindo que inclusive a difusom destas informaçons hoje no Diário Liberdade poderiam ser perseguidas e punidas num futuro próximo, caso seja aprovada a nova Lei de Segurança Cidadá.
Para além do caso concreto de hoje, é importante que todos e todas tomemos consciência da nova censura generalizada que paira sobre o direito à informaçom plural e veraz da populaçom galega.
Pola nossa parte, o DL tem o firme compromisso de continuar a exercer a sua parte de responsabilidade social na informaçom e denúncia dos abusos policiais e do poder reacionário e espanhol contra o nosso povo.
Foto 1 @LopezdeC / Foto 2 @_Revolucionari_ / Foto 3 @SenhorMinhoca
Processo MIR e AEV solidarizam-se com o estudantado espancado e detido
O coletivo Processo MIR e a Assembleia de Estudantes de Vigo (AEV) emitírom textos de apoio ao estudantado represaliado, salientando o facto de um dos detidos ser menor de idade como mostra da irracionaldiade repressiva da polícia espanhola.
Reproduzimos a seguir ambos textos na íntegra:
Processo MIR
REPRESIÓN POLICIAL AO ESTUDANTADO VIGUÉS, INCLUÍDO UN MENOR PARTICIPANTE DO PROCESO MIR
Hoxe á mañá en Vigo, na xornada de mobilizacións estudantís contra a LOMCE, os corpos represivos ensañáronse unha vez máis coa mocidade consciente provocando numerosos feridos e 6 detidos, entre os que se atopa un menor de idade, dato que dende aquí transmitimos con máis mágoa e empatía se cabe, dado que se trata dun camarada noso, coñecido no movemento asociativo da cidade obreira galega.
Dende o proceso MIR esiximos:
1) A inmediata posta en liberdade sen cargos dos 6 activistas detidos.
2) Rectificación dos medios de comunicación burgueses, como Faro de Vigo, polas calumnias e insidias vertidas sobre os feitos. Sempre leais á man que lle dá de comer.
3) Identificación e apertura dos procesos pertinentes dos torturadores das forzas policiais.
4) O boicot do estudantado cara ás centrais estudantís do réxime, nomeadamente o Sindicato de Estudantes, pola súa actitude colaboracionista sinalando e contendo ao estudantado e facilitando as detencións.
5) Retirada, sen condicións, da lei clasista, machista e españolista LOMCE.
Vémonos nas rúas, camaradas.
AEV
Dende a AEV queremos pedir disculpas aos compañeiros detidos ou golpeados pola policía mentres nós fixemos a sentada. Non soupemos como actuar, xa que levábamos no noso grupo a rapaces de 13 e 14 anos e non quixemos arriscarnos a que lles pasase algo.
Pedimos perdón aos represaliados pola policía e comprometémonos a que un acto así pola nosa banda non se repita.