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220714 isrPalestina - La Pupila Insomne - [Sara Rosenberg, Tradução do Diário Liberdade] Quando a dor chega a ser tão intensa, quando o poder do império se abate contra o povo indefeso, quando os organismos internacionais se calam e outorgam, cúmplices deste novo genocídio sionista e colonial contra nossos irmãos palestinos, me queimam de ira as palavras e só posso afirmar a gritos que venceremos e haverá justiça. Só posso escrever desta maneira, como aquele que escreveu no ar "Que vivam os companheiros!" e é o que faço hoje.


Ameaço e afirmo, em nome de cada mulher e cada criança e cada homem assassinados impunemente pelo estado sionista apoiado pelo imperialismo americano e europeu.

Aos assassinos.

Assassinos:

Donos e senhores da terra e da guerra.

Assassinos:

Ocupantes de tronos do poder da injustiça.

Assassinos:

Obedientes às órdens de massacrar indefesos.

Assassinos:

Empresários que lucram com a saúde, a fome e a necessidade humana.

Assassinos:

Senhores e donos da usura bancária. Da extorsão e da chantagem.

Assassinos:

Porta-vozes e propagandistas do roubo e da morte, que justificam qualquer atrocidade enquanto lhes paguem. "Intelectuais" mendigos da mentira e cínicos escribas, cultura da opressão e vários cúmplices, nadadores de rios contaminados e contaminantes que reproduzem a voz do amo. Cínicos.

Assassinos:

Representantes de organismos internacionais cúmplices do crime planetário.

Assassinos:

Mistificadores e produtores de religiões de morte, que foram e são o ópio do povo. Cúmplices da opressão por medo.

Assassinos:

Sociedades consumidoras e cegas baseadas na fome das maiorias.

Assassinos:

Criadores de costumes que só ensinam a ser inimigos, exploradores e competidores.

Assassinos:

Zeladores e propagandistas da ignorância e de um deus que castiga só o povo.

Assassinos:

Que comungam e apoiam a propriedade privada e a lei do máximo lucro.

Assassinos:

Serão julgados, e hoje, enquanto ocorre um novo genocídio contra o povo palestino, não poderão se defender porque não há palavras para tanta atrocidade.

Assassinos:

Nós ficamos sem voz de tanto gritar, mas os julgaremos, disso não temos dúvidas.

Assassinos:

Que sustentam a única razão criminosa do dinheiro e da ganância. Há outras razões e outras formas de viver.

Assassinos:

De pessoas, povos, árvores, animais, rios, subsolos, oceanos, ar, sabemos como fazer para compartilhar e viver em um mundo diferente, onde o valor seja outro e não a exploração do ser humano, animal, vegetal ou mineral.

Assassinos:

Sonhamos e vivemos, sabemos como construir um novo mundo sem assassinos que matam por dinheiro e para ganhar mais dinheiro.

Assassinos:

Nada poderá salvá-los da responsabilidade de tanta morte, mas não os assassinaremos. Não somos assassinos.

Assassinos:

Depois do julgamento, lhes permitiremos constatar que sem vocês e vosso poder letal e criminoso, nasceram e seguem nascendo novas e humanas maneiras de viver e compartilhar.

Assassinos:

Quando o dinheiro sangrento que acumularam não lhes sirva mais para nada, compreenderão – ou não – que os exércitos da morte tampouco serviram para alguma coisa. Estão derrotados.

Assassinos:

Um só ofício lhes será permitido: cuidar de nossas tumbas que são nossa memória e mantê-las sempre cobertas de bosques porque debaixo, na terra, descansam nossos irmãos. Os que lutaram por um mundo novo. Sem assassinos e sem exploradores.

Assassinos:

Esse será vosso único trabalho honesto, regar e cuidar das árvores de nossa memória e também recordar a cada dia o crime que cometeram.

Assassinos:

E se alguma árvore se secar, aprenderão a plantar outra ou serão castigados com o afastamento e a reclusão. Separados da terra e de seu cuidado, que é o propriamente humano.

Assassinos:

No mundo novo não assassinamos: semeamos, compartilhamos, cuidamos.

Assassinos:

A vida só será possível sem vocês, a vida é e será linda sem vocês.

Mas não podemos matá-los porque seríamos assassinos. E somos seres humanos.

Assassinos:

Hoje ainda é cedo e seguimos lutando para detê-los com pedras, paus, palavras e armas. Estão cegos pelo ódio e não entendem que vocês são exércitos da morte e que o império será vencido.

Assassinos:

Não duvidem, venceremos. E a vida será plena, igualitária e justa para todos.

Assassinos:

Não podemos mais dizer não disparem contra nós, não nos deixem outro caminho senão condená-los.

Assassinos:

Venceremos! A vida sempre é mais potente que a morte.

Assassinos:

Sobre cada pedra, cada dor e cada escombro seguiremos semeando a voz do Homem novo.

Assassinos:

Nem esquecimento, nem perdão. Haverá julgamento e castigo. Serão condenados.

Assassinos:

E não será esquecido nenhum nome, nesta terra distinta que amanhecerá sem

Assassinos:

Só vocês serão esquecidos, porque a vida é mais forte que a morte e sobre a dor de hoje construiremos largas avenidas para que caminhe o homem novo, justo e solidário.

(À Palestina, julho de 2014)

 


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