Desemprego, reduçom salarial, perda de poder aquisitivo, deterioraçom da educaçom, sanidade e serviços públicos, emigraçom, exclusom e empobrecimento, nom parárom de incrementar enquanto se reduzem as liberdades e cortam os direitos.
Espanha e a UE prosseguírom a sua ofensiva para destruir as bases materiais da Naçom Galega, que vê perigar a sua existência por umha crise demográfica que impossibilita a continuidade da Pátria.
A carência de soberania a que a Galiza é submetida polo projeto imperialista espanhol acelerou o empobrecimento e o saqueio dos nossos recursos, o aumento da assimilaçom cultural e a destruiçom dos sinais identitários. Mas também se tem reforçado o endurecimento do patriarcado, mediante constantes retrocessos nas conquistas atingidas na luita das mulheres.
Frente às falazes fórmulas da esquerda espanhola, a única forma de evitar esta desfeita é recuperando a independência nacional que nos permita construir umha sociedade socialista e feminista.
Porém, para atingirmos este objetivo é imprescindível mantermos com firmeza e intransigência os princípios da auto-organizaçom nacional, a unidade das forças da esquerda patriótica e, mediante a pedagogia política, demonstrar que a mudança social está ligada intrinsecamente à recuperaçom da liberdade nacional.
Sem instituiçons próprias, sem mecanismos e ferramentas de decisom galegas, nunca poderemos alterar o rol reservado à Galiza polos projetos espanhóis, nem solucionar os nossos mais urgentes problemas.
O povo galego deve confiar nas suas forças, nas suas capacidades, no seu imenso potencial e afastar-se das ilusons do fetichismo unitarista da pseudoesquerda espanhola.
O dilema monarquia-república, demagogicamente agitado nos últimos meses com umha clara estratégia eleitoralista, é umha imensa fraude que nem consegue ocultar a sua vocaçom chauvinista, pois o seu projeto nacional coincide plenamente com o da burguesia.
Tanto o monárquico como o republicano, tanto o de direita como o “progresssista”, perpetuam o empobrecimento do nosso povo, a negaçom da nossa naçom e a sobre-exploraçom da nossa classe.
Nós nom queremos reformar a Constituiçom de 1978, nom queremos umha Espanha federal, nem umha república espanhola, queremos umha República Galega: umha república de caráter socialista e feminista, ao exclusivo serviço do povo trabalhador galego.
Esta é a única alternativa genuinamente revolucionária e rupturista. A única que os poderes fáticos do Ibex 35 nom toleram nem permitem, porque nom se pode integrar nem domesticar.
Para poder avançar face este objetivo, é necessário umha esquerda independentista vigorosa e ativa, com firmeza estratégica e flexibilidade tática.
Para poder avançar face este objetivo há que apostar pola unidade de açom das forças galegas, construir um pólo patriótico rupturista que injete confiança e entusiasmo nos cada vez mais amplos setores sociais que deixárom de acreditar nos partidos do regime e reclamam açom e prática política radical.
Para poder avançar face este objetivo, é necessário agir com a generosidade e a altura que o momento histórico reclama. Há que iniciar um processo de refundaçom da esquerda patriótica sem mais dilaçom. A Galiza e as suas camadas populares necessitam umha organizaçom ampla, abrangente e plural para nos defendermos das agressons de Espanha e da UE, para organizar a resistência e passar à ofensiva. Umha grande força sociopolítica soberanista e independentista, de esquerda antissistema e feminista, que aglutine o conjunto das forças organizadas, mas também os milhares de homens e mulheres que aguardam esse dia.
NÓS-UP tem plena disposiçom em constribuir para abrir esse processo sem mais limitaçons que evitar a derrota definitiva da nossa classe, do nosso povo e da nossa naçom.
As mudanças operadas na monarquia bourbónica som umha tentativa desesperada de recomposiçom do regime espanhol perante a deslegitimidade, apodrecimento e multicrise do modelo da transiçom postfranquista.
Rejeitamos a maquilhagem sistémica e a falsa alternativa republicana promovida pola quarta pata da mesa do regime representada pola esquerda espanhola. Frente a essa falsa esquerda que nega o direito de autodeterminaçom do povo galego, só resta a ruptura democrática e a abertura de um processo constituinte galego.
É urgente construirmos com o nosso povo umha alternativa política integral para o presente.
A esquerda independentista galega apela à militáncia e à base social do nacionalismo galego, ao conjunto de ativistas sociais que respondem às dinámicas galegas, para abrirmos conjuntamente, com humildade e respeito mútuo, a reflexom que catalise a recomposiçom organizativa.
Só assim poderemos frear a ofensiva espanholista, neoliberal e machista da Troika e de Madrid. Mas também assim faremos frente com maior efetividades à espanholizaçom das reivindicaçons e dos espaços de luita, à claudicaçom e à entrega de boa parte do património organizativo, simbólico e comunicativo da esquerda soberanista às sucursais da esquerda espanhola que intervenhem na Galiza.
Só a esquerda patriótica, com o seu rico e plural caudal de experiências e intenso património de luita, poderá parar a ofensiva burguesa e espanholista, empregando como espaço preferencial as ruas e centros de trabalho e ensino da Galiza.
Neste Dia da Pátria, reclamamos a liberdade d@s pres@s polítc@s galeg@s denunciando a repressom com a que o Estado espanhol pretende aferrolhar o nosso povo.
Viva Galiza ceive, socialista e feminista!
Viva a luita obreira, feminista e popular!
Antes mort@s que escrav@s!