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200714 vcGaliza - AMI - Desde 1968 mais de 8.500 mulheres forom assassinadas no Reino de Espanha. Nom há cómputo das mutiladas, feridas, violadas, suicidadas, deprimidas, etc. As cifras oficiais falam de que o 22% das mulheres do Estado espanhol sufrirom violência de género algumha vez. O dato real ascende ao 100%.


A violência estrutural leva crianças a odiar o seu corpo, atuar para outros gostarem dela, ter que enfrentar-se a humilhaçons, vejaçons, violaçons, criaçom de espetativas e determinismo biológico da sua funçom em base ao rol genérico

A questom de que exista umha brecha salarial do 23,3% com respeito aos salários dos homens é quase o menos relevante.

2.292 accidentes laborais denunciados em 2013, faltando a maioria, os que nom chegarom a acudir ao médico (pequenas feridas, doenças, malestares aguentados em base ao consumo constante de calmantes...) e todos os que fazem parte de empregos nom legais. A isto há que engadir a alienaçom, os maos tratos, e no caso das mulheres os abusos sexuais e presons sexuais encubertas, sexualizaçom do seu trabalho -o corpo e atitude da mulher como parte do "serviço"-, e ainda a ameaça permante com perder o emprego. O 20% da populaçom activa está no paro, na mocidade o 50%. O desemprego, a acumulaçom das facturas, o desafiuzamento, a fame das filhas.

A máxima marxista da aboliçom do trabalho cumpre-se agora contra as trabalhadoras. Demos-lhe a volta. Nom queremos que nos explorem a bom preço, a poucas horas, com contrato.

A forçada paz social é umha guerra lenta e dolorosa subministrada a base de transilium e speed. A história nom acabou.

Pode ir a pior, sim. Mas também pode revirar-se toda. Pôr-se patas arriba e renascer diferente. Nova. Revolucionária.

SE NOM É AGORA, QUANDO?

Alienaçom. Raiva. Dor. Frustraçom. O suicidio é a primeira causa de morte violenta no nosso País,por diante dos acidentes de tráfico. A umha meia de 340 mortes voluntárias ao ano.

As porcentagens de pessoal excluído e marginalizado socialmente aumenta, as cifras oficiais situam um 30% da populaçom galega na pobreza. A inventada "classe meia" fragmenta-se entre excluídas e inseridas; as que consigam flotar no sistema e as que afoguemos

E a orquestra nom para de tocar, enquanto se descompom todo um sistema civilizatório.

Canibalismo. Desapariçom de espécies. Colapso energético -Para obter umha caloria de alimentos industriais precisam-se 10 calorias fósseis. Umha pesquisa no google gera entre 1 e 10 gramas de CO2.-.

Na Galiza ha mais mortes que nascimentos desde 1988. E estima-se que na primeira metade de século perdera-se um milhom de habitantes.

E com este panorama, que? emigrar? Tentar tirar umha oposiçom? Meter-se na casa e publicar no facebook como é que nos sentimos? Ir procurar drogas? Som as decisons ao serviço da estratégia do inimigo.

Comenta o nosso irmão Antom Santos, desde a prisom: "A utilizaçom da moderna racionalidade econômica para o submetimento tem um exemplo estudado na forma em que os nazis administrárom o holocausto: a relativa passividade dos judeus ante o seu próprio extermínio tem-se explicado polo fato de os carrascos dividirem a distância entre umha vida digna e a câmara de gás em várias estaçons intermédias que a lógica do cálculo aconselhava transitar. Se a desobediência tinha muitas possibilidades de levar ao martírio, parecia "inteligente" preferir o estigma à morte, e depois o ghetto à morte, e depois os trens à morte, e depois os campos de concentraçom à morte".

Há quem di que ainda nom chegou a morte, entom melhor ceder, nesta cadeia de submissom humilhante que só leva a esse caminho.

Ainda há quem ache que nom ultrapassamos a linha? Onde estám as barricadas ardendo?

O momento é agora.

Voltamos com palavras de Antom:

"Na Galiza de hoje, dificilmente "compensa" perder um posto de trabalho por ser galego-falante e nom renegar do idioma, ou por participar numha dessas greves gerais com as que há tempo que "nom se consegue nada": o "inteligente", para nom sofrer de forma inecessária e inútil, seria dirigir-se ao patrom em perfeito castelhano, declarando o arrependimento ante qualquer atividade sindical passada e o firme propósito de colaborar com a empresa no que esta estime necessário. Que dizer no caso de mulheres com filhos que manter e hipotecas que pagar: parece pouco rendível -alguns mesmo diriam "fanático"- arriscar-se a rematar no desemprego por nom tolerar as apalpadelas de um chefe baboso.

Esta é a lógica do inimigo. E nós, segue Antom: "Começamos a militar esquivando as acusaçons de estarmos equivocados de época, e medramos de costas à "lógica política" do nosso tempo. Rechaçamos um modelo em base ao qual militar no nacionalismo levava com normalidade conhecer restaurantes e ganhar oposiçons, e com estranheza viver na precariedade e dormir nos calabouços.

E quando outros as convertiam em celebraçons do santoral laico da esquerda, nós continuamos emocionando-nos e recordando com orgulho àquelas mulheres e homens que num 8 e num 10 de Março, num 26 de Abril, num 1 de Maio e em tantas outras ocasions e lugares, nom calculárom bem ou simplesmente rechaçárom aquelas opçons que lhes reportariam maior benefício pessoal, e graças a isso nos figerom sentir orgulho polo gênero humano. Eis a lógica da resistência: a dos trabalhadores que aceitam o desemprego antes que a humilhaçom, a das mulheres que escolhem o enfrentamento antes que a submissom, a dos militantes que prefirem a repressom à colaboraçom."

A dignidade entra noutra lógica. Bem longe da covardia, da deslealdade e do oportunismo. Fora de Espanha e longe do império do capital.

Queremos habitar um outro imaginário. Um outro mundo. Um mundo nosso. Sermos povo bárbaro e indomável. Nas nossas aldeias. Nos nossos bairros. Nos nossos aquelarres. Na nossa luita popular prolongada, prolongadíssima mas permanente. Até a vitória. Que é um caminho que nunca acaba.

SE NOM É AQUI, ONDE?

Somos a periferia do centro, estamos relativamente perto do coraçom do inimigo.

Por momentos o inimigo até está dentro de nós. Mas também temos de mão muita sucursal bancária, muita oficina oficial, muitos delegados do governo. Peixes gordos passeiam com algumha frequência polas nossas ruas videovigiadas.

E nom se vence à espera de que pelejem na Ucrania, na Palestina ou em Chiapas.

Nom se espera a que Euskal Herria ou Catalunya se independizem para ir nós umha vez abram as cancelas.

No capitalismo maduro, o território tornou-se capital: infraestruturas energéticas, vias de transporte, matérias primas, urbanizaçom e turistificaçom, etc.

Mas para essa valorizaçom do espaço é fundamental o despovoamento e a desvinculaçom territorial das populaçons. Do contrário, há opçom de resposta, o qual dificulta ou impede o espólio. No território confluem a questom ambiental e identitária como umha só. Nós aquí, chamamos-nos Galiza.

E aquí resistimos, contra a mobilidade, o perpetuo presente, o individualismo. Atomizadas e descontextalizadas convertemo-nos em executoras involuntárias da engranagem capitalista.

O lugar é aquí.

SE NOM SOMOS NOS? QUEM?

O Estado tanto constrói macro-prisons como oferta cursos de atençom ao meio ambiente. Nom vai ser o governo.

Nom vam ser as ONG,s, nem projetos de cooperaçom para-estatal para manter a caridade como forma de legitimaçom do espólio. Nom vai ser partido nenhum. Entom?

Entom organizemos a raiva. Desenvolvamos as ferramentas. Construamos o mundo de todas, para todas.

Ainda temos memoria de sermos Nós. Identidade plural. Lembramos-nos de quando eramos esta terra. E queremos terra também para o futuro. Terra e liberdade. Um futuro feminista e independente, justo, consciente. Umha vida que pague a pena ser vivida.

Mas sem luita nom há vitória; Temos que manter umha trincheira de confrontaçom nacional e popular frente o consenso democrático. Temos que nos manter rebeldes, bárbaras e indomábeis. Temos que ser os seus pesadelos. E construir os nossos sonhos mui longe dos seus resorts de luxo, dos seus centros comerciais, dos seus filmes de amor romántico e estéticas plasticosas. Temos mais necessidade de respeito que de pam.

Horas e horas de propaganda por todos os meios e drogadicçom com psicofármacos -legais ou ilegais- som a saída ante um panorama que nom oferece caminhos fáceis. Alienaçom e frustraçom social tenhem como resultado mais indivíduos isolados e em piores condiçons e menos povo -comunidade, tribo, Nós-, com todas as potencialidades que o coletivo acarreja.

Aparece gente adita à comida à revisom obsessivo-compulsiva das atualizaçons na rede ou à cocaína.

A resistência galega tem que se defender de nom ser assimilada pola lógica e a psicologia espanhola. Faz falta um Nós forte, reconstruírmos a comunidade e os seus valores.

Afirmamo-nos na certeza da análise. No único caminho. Na identidade decidida, indígena e comunal. Revivemos em nós os espíritos das nossas mortas. Para sermos livres. Todas.

Bombeiam-nos nas veias o sangue dos miles de bruxas assassinadas, das comunistas torturadas, das pobres nas cadeias. Das dissidentes da história. Das combatentes de onte e de hoje.

Que pelejar nom é só umha festa é obvio. Nom negamos o medo, nem negamos as derrotas. Nem negamos o cansaço e a dor. As feridas. As irmãs presas.

Luitar implica renúncia, assumir a vida como o que é, a escolha de um lugar frente os outros. E queremos assumir com alegria este lugar.

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