Num dia como hoje triunfou na Nicarágua a Revolução Sandinista, quando o ditador Anastasio Somoza abandonou o país, possibilitando a ascenção ao poder da Frente Sandinista de Libertação Nacional.
A luta contra a ditadura dos Somoza, que já havia começado no final dos anos 50 do século XX, se intensificou significativamente em 1978. Em março de 1979 se conseguiu um acordo de unidade entre as frações sandinistas, até então dispersas, o que permitiu impulsionar a luta. Em junho se produziu o chamado à ofensiva final e à greve geral, e em 19 de julho de 1979 as colunas guerrilheiras da FSLN entram em Managua, com um amplo respaldo popular, consumando a derrota de Anastasio Somoza Debayle.
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A Junta do Governo de Reconstrução Nacional introduziu reformas nos aspectos socioeconômicos e políticos do Estado nicaraguense, e se ocupou dos problemas relativos à saúde, à educação e partilha da terra que o país sofria, conquistando avanços significativos e reconhecidos internacionalmente. O processo de mudanças iniciados pela Revolução Sandinista se estendeu até 1990, quando, após permanentes conspirações propiciadas pelos Estados Unidos e uma intensa campanha midiática, as eleições foram vencidas pela contrarrevolução.