A República Galega voltou a unificar vontades entre a esquerda soberanista da Galiza, no mesmo dia que o regime espanhol substituia o chefe do Estado dos últimos 40 anos polo filho, numha verdadeira exibiçom dos seus mais que notórios défices democráticos.
Enquanto a oligarquia concluía a sua jornada de entronizaçom do filho de Juan Carlos de Bourbon, rei pola graça de Franco, na Galiza convocavam-se iniciativas republicanas de caráter inequivocamente democrático, popular e galego. Corunha, Lugo, Ponte Vedra, Ferrol, Compostela, Burela, Ourense, Vigo, Boiro, Cangas, Vila Garcia, Ponte Areias, Noia, Barco e Porrinho fôrom registárom mobilizaçons de diferente tamanho, com destaque para a da Corunha, que se tornou manifestaçom.
O republicanismo pró-espanhol somou-se à iniciativa da Corunha, que contodo mantivo a legenda "Galiza pola República. Polo direito a decidir" e o predomínio das bandeiras galegas. Como preámbulo, o presidente dos republicanos pró-espanhóis na Galiza, Cándido Barral, tinha-se pronunciado contra a República Galega e contra a independência da Galiza: "nós nom reclamamos umha república galega", declarou a Rádio Fusión; acrescentando que "nós nom somos independentistas", daí que nom gostasse da convocatória unitária corunhesa, onde mais de 20 entidades somárom forças e realizárom a maior mobilizaçom da jornada na Galiza.
A iniciativa mobilizadora partiu da esquerda soberanista no conjunto do País, com a adesom doutras organizaçons e coletivos: CIG, NÓS-UP, BNG, Causa Galiza, CNM, PCPG, Anova, Equo, centros sociais como o Gomes Gaioso, entidades juvenis como Briga, Isca!, Galiza Nova...
Vigo acolheu no Castro a sua concentraçom pola República Galega, lendo-se um manifesto conjunto entre a CIG, NÓS-UP e BNG. Em Lugo, foi "coroado" um burro entre os aplausos das pessoas participantes, enquanto em Compostela foi um porco o coroado e em Ponte Areais, no Condado, se exibiu um busto invertido do novo monarca espanhol.
Em Ferrol, lêrom-se breves argumentos diversos pola República Galega, que também fôrom escritos em grandes painéis na praça do Hino Galego. Porrinho, Boiro, Vila Garcia, Burela, Ourense, Barco, Cangas... a jornada republicana galega espalhou-se por todo o território nacional. Bandeiras gigantes da Galiza, cartazes de mao reclamando República e mesmo cartazes da campanha de NÓS-UP com apelos a "jogar contra Espanha" e a "derrotá-los", reivindicaçom que ganhou força após a clamorosa eliminaçom da "rojaygualda" no Brasil, após duas derrotas consecutivas logo na primeira fase.
Oferecemos a seguir umha galeria de imagens retiradas de diferentes utentes do Twitter (@santalha, @nosgaliza, @sermosgaliza, @fromgaliza) sobre as diferentes mobilizaçons desta quinta-feira galega e republicana.