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8472408871396813968.jpgVenezuela - Cuba Información - [Salvador González, tradução do Diário Liberdade] Nesta sexta-feira, 11 de abril, completa-se 12 anos desde que a direita venezuelana tentou parar, em vão, o início da Revolução Bolivariana, por meio de um golpe de Estado que durou dois dias e no qual sequestraram e tentaram assassinar seu líder, o Comandante Hugo Rafael Chávez Frías.


Tudo isso, com a conivência dos meios de comunicação a serviço da grande burguesia venezuelana, apoiada e financiada pelo imperialismo ianque e seus lacaios, que foram reverenciar o governo instalado, encabeçado pelo presidente da Fedecámaras, Pedro Carmona Estanga.

Novamente, 12 anos depois, a patronal venezuelana volta à cena com a mesma tática, o mesmo apoio, com as mesmas mentiras e mais algumas para dar sofisticação à tentativa – que não é mais nada senão outra tentativa de golpe de Estado brando –, dando-lhe um tom de descontentamento estudantil e popular. Para poder contextualizar e chegar ao fundo da questão, devemos fazer um exercício de memória histórica, que, por um lado, não só é são, mas também necessário para evitar que voltem a se repetir os mesmos aberrantes fatos, sem que ninguém saiba o que aconteceu.

Devemos nos lembrar do Chile de Allende e a famosa frase de Nixon, em 1970: "fazer quebrar a economia". Por acaso não é o mesmo roteiro atualmente na Venezuela?

Mas, vejamos a história mais recente da Venezuela: desde a chegada à presidência do Comandante Chávez, o governo tratou de construir, enquanto a oposição não deixou de destruir e de impor todo o tipo de obstáculos para evitar que o país fosse em frente e que tivesse estabilidade.

Vejamos: abril de 2002: Golpe de Estado (Henrique Capriles e Leopoldo López participam em atos de vandalismo). Final de 2002 e começo de 2003: greve petroleira e sabotagem do sistema de produção e distribuição (decide-se renacionalizar e descobre-se que tudo está controlado a partir de uma estrutura central nos EUA). Maio de 2004: são descobertos 160 paramilitares na propriedade El Hatillo, preparados para assassinar o presidente Chávez (entre eles havia membros das Alianças Unidas da Colômbia – paramilitares – e militares reservistas da Colômbia). No mesmo ano, ocorrem as barricadas em Chacao, com 9 mortos e 190 feridos (Leopoldo López envolvido na violência). Agosto de 2012, Refinaria de Amuay: 55 mortos e 166 feridos (mais tarde descobre-se que foi uma sabotagem). Abril de 2013: Capriles não reconhece o resultado das eleições, incitando a violência: 11 mortos, muitos feridos e centros médicos queimados.

Esses são – entre muitos outros – alguns dos fatos mais relevantes. Em todos eles, há elementos coincidentes, por exemplo: sabotagem econômica, apoio político do governo estadunidense e dos meios de comunicação nacionais – na Venezuela, aproximadamente 85% são meios privados e contrários ao governo – e internacionais. A intenção de criar uma matriz de opinião através de fortes campanhas de desinformação em massa, dando a entender que o governo era uma ditadura.

Vejamos os fatos: de 19 processos eleitorais, 18 foram ganhos pelos partidários do governo revolucionário, o último em dezembro de 2013, com uma diferença de 15% em relação à oposição. As missões implementadas pelo governo em todos esses anos – apesar das sabotagens – alcançaram 72% da população. Um dos determinantes sociais da saúde é a igualdade, e a Venezuela é hoje o país da região com o menor nível de desigualdade (segundo o Coeficiente de Gini), tendo reduzido a desigualdade em 54% e a pobreza em 44%. A pobreza passou de 70,8% para menos de 20% e a pobreza extrema foi reduzida de 40% para um nível tão baixo como o de 6,7%. A matrícula universitária na Venezuela chegou a 2,6 milhões de estudantes, o que representa um crescimento de 216% em relação aos períodos anteriores. Com isso, a Venezuela ocupa o 2º lugar entre os países com maior número de matrículas universitárias na América Latina segundo a UNESCO e o 5º no mundo entre os países que falam espanhol.

De que juventude falam os meios de comunicação ao se referirem aos protestos? Dos 90% que enxergam seus estudos com muitas possibilidades de trabalho? Ou dos 73% dos jovens que na Venezuela opinam que a democracia participativa é o melhor sistema de governo, enquanto que 60% se refere ao socialismo como o melhor sistema econômico. O governo deu à população saúde, educação, lazer, pensões para os idosos, mais de 550.000 moradias entregues desde 2011, etc. É isso o que tanto machuca à direita venezuelana.

Falemos de forma clara e digamos a verdade: a direita venezuelana fala de escassez, mas são eles, os donos da economia, os que boicotaram os alimentos para provocar subidas de preços desmedidas em muitos casos até 2500%. Enquanto isso, o Governo Bolivariano faz uma lei de preços justos para limitar o lucro a 30%. Nos últimos meses foram descobertos em armazéns, para levar à fronteira colombiana, 3500 toneladas de alimentos e 200.000 litros de gasolina. Por que os violentos queimam os caminhões de carne, se protestam contra uma suposta escassez?

A direita venezuelana fala da falta de divisa para a compra no mercado internacional, mas são eles, os que recebem a divisa a preço privilegiado, que depois falsificam os preços de compra para especular com tal divisa. Falam de violência, mas pagam assassinos por 5.000 Bolívares por semana, que ainda cobram pedágio para que os pedestres possam passar pelas barricadas que eles mesmos montam.

De que democracia fala a direita, quando não reconhecem os resultados eleitorais, apenas quando ganham algum governo ou prefeitura? Por acaso o sistema eleitoral não é o mesmo em todos os municípios e estados do país? Por que utilizam métodos violentos para derrubar o governo legitimamente eleito nas urnas? Por acaso eles não queriam essas regras?

Uma última questão: as pessoas humildes, os trabalhadores, foram Conselhos Comunitários em toda parte como forma de participação política; isso os têm permitido melhorar em grande medida a sua vida, mesmo que ainda haja muito a fazer. Porque se isso é assim, causa tanto incômodo à direita – que não são outros senão os ricos do país – já que, enquanto há consumo dos trabalhadores, eles seguem sendo beneficiados? Ué, antes os ricos, a direita, não administrava o país? Por que nunca deram uma vida melhor aos humildes quando tinham o poder político em suas mãos?

Reflitamos, e que cada um tire suas próprias conclusões.

Salvados González é membro da plataforma venezuelana Aurrera, composta por mais de 20 partidos, sindicatos e coletivos bascos.


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