Com o novo governo "lutando contra um iminente colapso econômico e contra o separatismo", EUA e Grã-Bretanha tentam aliviar as tensões em torno da Ucrânia, repetindo que não se trata de cenário de combate do Leste contra o Oeste. O secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha William Hague disse que "Queremos enviar nosso forte apoio à unidade e à integridade territorial da Ucrânia.". Não. O que querem é consolidar o que conseguiram até agora.
EUA e União Europeia querem que o FMI ajude a Ucrânia a escapar do colapso econômico, e tentam organizar uma conferência de doadores (só países europeus) para reunir fundos para a Ucrânia.
O primeiro-ministro russo Dimitry Medvedev disse que as autoridades hoje no controle em Kiev são autores de um "motim armado". O ministro de Relações Exteriores da Rússia Serguei Lavrov acusou o grupo que está no poder em Kiev, de estarem aprovando leis racistas, que infringem os direitos humanos de russos e de outros grupos étnicos. A Rússia convocou seu embaixador na Ucrânia, para consultas em Moscou.
Lavrov também alertou a União Europeia e os EUA, para que não tentem modelar o futuro da Ucrânia.
Com laços profundos com a Ucrânia, a Rússia está em posição confortável para esperar para ver o que acontecerá. Segundo a BBC, o professor Andrei Zagorski, analista político no Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais de Moscou, está analisando as alternativas políticas com que conta o Kremlin, na atual conjuntura. O principal foco de Moscou deve ser apoiar a emergência de novos líderes políticos com apelo nacional, que possam substituir o desmoralizado Partido das Regiões, de Yanukovych, sobretudo no leste da Ucrânia. São os que poderão desafiar, em eleições, as atuais autoridades.
Segundo matéria do britânico Guardian, o presidente Vladimir Putin da Rússia ordenou exercícios de prontidão para tropas na Rússia do Leste e central, movimento que fará aumentar dramaticamente os temores de uma ameaça separatista na Ucrânia.
Mas o ministro Shoigu, da Defesa da Rússia, disse que os exercícios nada têm a ver com a situação na Ucrânia.
Vamos assistir agora ao que acontece no 3º ato.
Zhao Jinglun é jornalista e economista chinês.
Tradução do coletivo Vila Vudu