Umhas eleiçons que respondem a um sistema totalmente desacreditado, no que o alunado só possui um terço da capacidade decisória, na que o professorado é quem maior poder tem, apesar de que nom é, nem muito menos, maioria numha universidade na que há 30.000 estudantes. Ademais, é significativo o facto de que as eleiçons se convoquem umha sexta-feira, dia no que muit@s estudantes nom tenhem aulas, e fazendo coincidir grande parte da campanha eleitoral com as férias de primavera.
Por tanto, a falsa concepçom que se tenta introduzir desde os órgaos de poder universitários dumha democracia participativa nom é mais que umha farsa na que se tratam de legitimar para continuar a desfrutar de privilégios económicos e de poder. Como vinhemos fazendo durante estes últimos quase 14 anos, a organizaçom estudantil da esquerda independentista AGIR apresenta-se a esta cita dum jeito que dista muito de aceitar a legalidade vigorante imposta por esta instituiçom.
As constantes agressons que o estudantado mais consciente sofreu durante os últimos meses, e que sofreremos por definiçom neste sistema patriarco-burguês espanhol, som umha prova do medo que nos tenhem. O regime, do qual é partícipe e ativa reprodutora a atual administraçom da Universidade, sabe que somos umha ameaça real para eles; sabem que podemos fazer tremer todas as suas estruturas; sabem que, dumha maneira organizada e ativa, poderemos fazer cair as mentiras sobre as que se construirom. Isto temos-lho demonstrado em inúmeras ocasions, sendo as mais recentes o boicote ao fascista torturador Baltasar Garzón ou as combativas manifestaçons que enchêrom o Pais o passado 20 de fevereiro. E isto sabem-no, e por isto nos tenhem temor, por isto nos querem ocultar, querem que o estudantado nom saiba que existe umha alternativa realmente revolucionária, que aspira a destruir aquilo que o capitalismo e o patriarcado espanhol levam tanto tempo tentando impor pola força. E é por isto nos reprimem, nos detenhem, tentam impedir que sigamos recebendo a docência que nos corresponde e nos tentam calar, mas nom o vam conseguir; somos nós @s que devemos dar a resposta contra os seus ataques.
Mas, se nom acreditamos no sistema universitário atual nem na falsa democracia interna, por que nos apresentamos às eleiçons?
A pergunta é totalmente lógica. AGIR rechaça em todos os ámbitos a estrutura e natureza da USC, ligadas ao sistema que tentamos combater e que consideramos que vai ao passo das dinámicas nas que está inserido o Estado espanhol, com as conseguintes consequências para o estudantado.
As razons da nossa apresentaçom devem-se às vantagens que nos oferece ter acesso a estes órgaos. Por umha parte, a possibilidade de protesta nestes espaços é muito necessária. É assim como também podemos levar a cabo campanhas de resposta às agressons que sofre o estudantado. Igualmente, o fluxo de informaçom do que poderíamos tirar partido é importante para seguir com a nossa labor, que é a de defender os direitos do estudantado, tam necessária nestes momentos de ofensiva planificada do Estado espanhol contra toda dissidência política.
Porém, nom acreditamos que as verdadeiras mudanças na universidade galega se vaiam dar nos atuais órgaos anti-democráticos de decissom universitários, nem tampouco pretendemos transformá-los com independência do resto de instituiçons do nosso Pais; mas AGIR necessita e quer apostar por empregar todos os altofalantes que tenha à sua dispossiçom para fazer chegar a nossa mensagem rebelde.
Por esta razom, nom apresentamos um programa eleitoral, nom queremos atingir umha série de mínimos para o estudantado. AGIR quer que @s estudantes tenhamos toda a capacidade de decissom que nos coresponde, nom umha pequena parte negociada. Isso nom se vai dar num sistema como o atual, por isso devemos denunciar diária e ativamente este regime, tanto na sua expresom universitária quanto na estatal; tanto nas aulas quanto nas ruas.
Por esta e muitas mais razons, precisamos do teu voto, para poder fazer chegar a voz do estudantado rebelde ao maior número de sítios, especialmente a aqueles onde se crem com um maior poder e onde nom nos querem ver. Um voto para AGIR significa um passo mais na procura dos nossos objetivos finais, significa mais um pulso ao sistema.
Por um ensino galego, público, nom patriacal, democrático e de qualidade
VOTA AGIR!