PP, PSOE e BNG perderám centos de milhares de votos segundo os dados fornecidos polo inquérito de NC Report. A participaçom cairia para 54,9% da populaçom com direito a sufrágio (nas anteriores eleiçons ao parlamento galego foi de 65%), num processo acelerado de falência da democracia burguesa.
O meio que encarregou o estudo (um jornal ultradireitista espanhol de grande tiragem) e o fato de nom transcenderem os dados sobre a metodologia empregada fazem que, na opiniom dos especialistas, só se poda interpretar como umha análise de tendências. Mas é suficiente para verificar um processo de perda de apoio à falaz democracia burguesa.
Alguns dos dados: umha a cada quatro pessoas que votárom o PP nas anteriores eleiçons, vam abster-se. O PSOE também perde um em cada quatro votantes. O BNG perderia quase a metade.
Isso é: som os partidos que até agora gerírom o sistema os mais castigados polo eleitorado, apesar dos seus fabulosos recursos económicos e mediáticos e toda a maquinaria posta em funcionamento para enganar os galegos e galegas.
Mais umha vez, ficarám fora da convocatória (e portanto do estudo) as comarcas galegas do leste: o Berzo, Val de Íbias, Seabra, a Cabreira e Eu-Návia; que permanecem geridas por outras comunidades autónomas por decisom de Madrid e sem a sua populaçom nunca ter sido consultada.
O PP perderia a maioria absoluta
As que, ao que parece, serám as eleiçons mais ilegítimas das últimas décadas na Comunidade Autónoma da Galiza poderiam trazer mudanças significativas na configuraçom de umha cámara que somará menos votos que nunca.
Segundo o inquérito de NC Report, o PP perderá a maioria absoluta com a que governa com mao de ferro neste momento passando a um máximo de 37 cadeiras –umha menos que as 38 que tem agora, as necessárias para a maioria absoluta- e um mínimo de 34.
O PSOE, o outro grande partido espanhol com sucursal na Galiza, perderia 117.000 votantes e ficaria, graças à abstençom elevadíssima, com o mesmo número de parlamentários e parlamentárias, 25.
Já os e as nacionalistas galegas reformistas do BNG sofreriam, segundo NC Report, a pior queda da sua história, e obteriam cerca de 11% dos votos, ficando por volta dos 10 representantes. Em parte devido às escissons dos últimos meses, que apanhariam alguns dos votos deste partido.
Essas escissons cristalizárom em diferentes grupos (Compromiso por Galicia e Anova-IN) que, junto à espanhola socialdemocrata IU e a ultradireitista UPyD, repartiriam-se um número variável de cadeiras, com percentagens de voto entre 3% e pouco mais 5% cada –o mínimo para entrar no parlamento autonómico galego é 5%.
É nesse último ponto onde o estudo de NC Report tem menor validade, pois ainda nem foi esclarecida a política de alianças com a que essas forças concorrerám à convocatória. Contodo, as manipulaçons informativas habituais em La Razón –que poderia exagerar os resultados do PP e minimizar os de outras forças, principalmente as galegas- nom permitem avaliar os resultados pormenorizados com fiabilidade, mas sim o panorama conjunto de falência da democracia burguesa.
Quem governar na Comunidade Autónoma da Galiza (sempre com a permissom de Madrid, lembremos) nom o fará, em nengum caso, com o apoio de mais de 25% da populaçom com direito a voto.