Foto de Joanna (CC /by/2.0/)
Segundo a FSM, isso é porque:
- Os últimos dias, milhares de trabalhadores foram despedidos do seu trabalho
- Muitos patrões impuseram o encerramento patronal (lock-out).
- Hospitais públicos têm escassez de medicamentos e material médico.
- Muitos capitalistas negam-se a pagar os salários aos seus trabalhadores. Empresas estão fechando.
- O estado não paga as pensões aos pensionistas. Ou só lhes paga uma pequena parte das suas pensões.
- Os caixeiros automáticos têm um limite de retiradas de efectivo de 60 euros.
- A dignidade dos trabalhadores está sendo atacada, nas colas das estações de serviço, hipermercados, etc.
- Os bancos estão fechados.
Os últimos acontecimentos na Grécia demonstram que a União Européia é uma união que obedece aos interesses das transnacionais e da burguesía. O FMI e o Banco Central Europeu são o mesmo caso. A situação actual também demonstra que o governo actual de coligação de SYRIZA junto com o partido ultradereitista ANEL nem quer, nem pode dar soluções em benefício do povo trabalhador.
Ambos os dois, a Troika e o Governo da Grécia -cada um no seu próprio estilo- propõem pactos - memorandos antipopulares.
O memorando proposto pela Troika contém medidas que atacam os direitos dos trabalhadores, com um valor de 8.500 milhões de euros, enquanto que o memorando proposto pelo governo de SYRIZA contém medidas antiobreiras com um valor de 8.000 milhões de euros.
Ambas as partes propõem:
- Privatizações maciças
- Novos duros impostos, a costa do povo
- Aumento do IVA (impostos indirectos pagos por toda a população)
- Cortes de pensões
- Aumento da idade de xubilación
- Aumento do preço da canastra básica
A Federação Sindical Mundial assinala que os imperialistas e as transnacionais aproveitam a crise capitalista na Grécia para promover os seus próprios planos geoestratégicos. Para conseguir novos mercados, novos "satélites", mais ganhos. Estas competições inter-imperialistas intensificam-se continuamente e os perigos para a região, à vez que o risco de conflitos generalizados, aumentam.
Os acontecimentos na Grécia demonstram que as grandes palavras de SYRIZA que supostamente ia construir uma nova arquitectura na UE, sobre a existência também de "capitalistas bons", ou que Tsipras ia converter a UE de uma união de capitalistas numa união de democracia, foram só palavras para encurralar os trabalhadores.
A FSM APOIA As PROPOSTAS DO PAME (Frente Militante de todos os Trabalhadores)
Face a esta difícil situação para o povo grego, a FSM apoia as propostas do PAME, que esteve na primeira fila das lutas operárias no país.
Apoia os esforços do PAME que chama os trabalhadores e o povo da Grécia a votar no referendo NÃO ao memorando da Troika e NÃO ao memorando da SYRIZA, desmascarando o carácter imperialista da UE e as responsabilidades dos partidos políticos que promovem a UE como opção única, e convocando os trabalhadores da Grécia a construir a sua própria aliança popular e a lutar por uma sociedade sem exploração capitalista.