Em 2014, a emigraçom voltou a levar fora do País o único setor que pode garantir um futuro para a nossa naçom: a juventude trabalhadora, condenada ao desemprego e à precariedade extrema se fica na Galiza.
Essa é a realidade que o modelo socioeconómico espanhol representa para o nosso povo. Enquanto o Fórum Económico da Galiza informou de como no último ano se produzírom 21.100 abandonos no censo de populaçom ativa entre 25 e 34 anos, a OIT confirmou que o desemprego nom vai descer de maneira significativa nos próximos cinco anos.
De facto, já abemos que em dezembro a Galiza se situou à cabeça do Estado espanhol em destruiçom de emprego, perdendo 3.286 postos de trabalho enquanto o número de empregos aumentava ligeiramente no Estado espanhol.
O estancamento económico galego vê-se refletido mesmo no que a economia capitalista considera dado fundamental para avaliar a evoluçom económica de um país: o PIB galego tivo crescimento nulo (0%), contrariando os ligeiros crescimentos registados desde 2012.
A evoluçom negativa da produçom industrial em 2014, a reduçom absoluta da populaçom ativa em 1,2%, ficando em 1.275.600 pessoas (-15.400 que em 2013), mais marcada entre a gente nova...
A perda de 17.245 habitantes na Comunidade Autónoma da Galiza, registada polo Instituto Nacional (espanhol) de Estatística completa o quadro, passando de 2.765.940 habitantes a 1 de janeiro de 2013 para 2.748.695 no primeiro dia deste ano 2015 (-0,62%).
Desindustrializaçom, aumento do desemprego e da precariedade, emigraçom da juventude trabalhadora, estancamento económico, queda demográfica... Todos os indicadores confluem nas tendências correspondentes a umha Galiza em grave crise e sem mais perspetivas que novos cortes em direitos sociais, privatizaçons de serviços públicos e repressom.
Unicamente a grande burguesia está a sair reforçada da prolongada crise que atravessamos, enquanto a nossa dependência das políticas, instituiçons e poderes espanhóis impedem que o nosso povo poda ensaiar caminhos diferentes para quebrar o empobrecimento e a crise.
Frente à propaganda oficial e às falsas saídas reformistas, NÓS-Unidade Popular acha imprescindível retomar a organizaçom e a luita popular do povo trabalhador galego, com perspetiva de ruptura democrática e independência nacional.
Os dados som teimosos e indicam que esse é o único caminho.
Galiza, 20 de janeiro de 2015