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fbspyEsquerda - A maior rede social do mundo, o Facebook, está a enfrentar uma tempestade de protestos depois de ter revelado que filtrou informação a milhares de utilizadores para um estudo de “contágio emocional”.


A rede social publicou um estudo em que admite ter manipulado informações publicadas nas “páginas iniciais” de 689 000 utilizadores, tendo descoberto que pode fazer com que as pessoas se sintam melhor ou pior através de um processo de “contágio emocional”.

No estudo com acadêmicos das universidades de Cornell e Califórnia, o Facebook filtrou a informação que chegava aos utilizadores: fluxo de comentários, vídeos, fotos e links publicados por outros “amigos” na rede social.

Um dos testes reduziu a exposição a informação positiva, o que resultou em publicações positivas dos utilizadores. O outro teste reduziu a exposição a informação negativa, tendo registado semelhante resultado nas publicações.

O estudo concluiu que: "as emoções expressas por amigos, através das redes sociais on-line, influenciam os nossos próprios estados de espírito, constituindo, do que é do nosso conhecimento, a primeira evidência experimental de contágio emocional em enorme escala através das redes sociais."

Advogados, ativistas da internet e dirigentes políticos, classificaram, este fim-de-semana, a experiência de manipulação emocional em massa como “escandalosa”, “assustadora” e “perturbadora”.

Segundo o jornal inglês The Guardian, um deputado britânico já solicitou uma investigação parlamentar sobre como o Facebook e outras redes sociais manipulam respostas emocionais e psicológicas de utilizadores através da edição de informação fornecidas pelos próprios.  

Uma porta-voz do Facebook disse que o estudo, publicado este mês na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, foi encomendado "para melhorar os nossos serviços e para fazer ver às pessoas que os conteúdos no Facebook são relevantes e envolventes”.

"Uma grande parte disto é a compreensão de como as pessoas respondem a diferentes tipos de conteúdos, sejam eles positivos ou negativos no tom, de notícias de amigos, ou de informação de páginas que seguem", afirmou.  

No entanto, outros especialistas expressaram a sua apreensão, temendo que este tipo de ferramentas possam ser usados para fins políticos eleitorais ou para incentivar as pessoas a ficarem “presas” nas redes sociais, alimentando-as com pensamentos felizes e assim aumentar as receitas com publicidade.

O Facebook pode ter violado as diretrizes éticas e legais ao não informar os utilizadores que estavam a ser manipulados na experiência, que foi realizada em 2012. O estudo defende-se dizendo que alterar os feeds de notícias é consistente com as condições de utilização da rede sociail.

Mas Susan Fiske, uma acadêmica de Princeton que editou o estudo, disse estar preocupada. "As pessoas devem ser informadas de que vão participar numa investigação e, em seguida, concordar com ele ou ter a opção de não concordar com ele sem serem penalizadas”.


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