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O ato começou por volta das 12h, com a participação de diversas entidades, como movimentos sociais, coletivos negros, centrais sindicais e partidos políticos da esquerda.
Apresentações artísticas e culturais, com músicas e danças de origem africana, além de uma apresentação de uma escola de samba animaram o ato, também com muitas bandeiras, faixas e cartazes por uma sociedade sem racismo e discriminação.
No meio da tarde, os ativistas saíram em caminhada pela Avenida Paulista, passando pela Consolação em direção ao centro. Lá, se concentraram no Teatro Municipal, onde a manifestação foi encerrada já no final da tarde.
Infelizmente, 126 anos após a abolição da escravatura, o Brasil continua sendo um país extremamente racista, mesmo com uma mescla de etnias sem igual no mundo todo, com mais da metade da população se declarando negra.
O povo negro é perseguido indiscriminadamente pelas forças da repressão, sendo alvo da violência letal da Polícia Militar, além de haver uma imensa desigualdade social entre negros e brancos, o que coloca em xeque a farsa da "democracia racial" pregada pela burguesia branca e racista do nosso país.
Por isso, a XI Marcha da Consciência Negra tem como objetivo principal pressionar o Estado por reformas estruturais mais profundas, divididas em sete eixos: Reforma Política por meio de uma Constituinte (para que o movimento negro conquiste maior representação parlamentar), democratização dos meios de comunicação (por mais espaços que rebatam os estigmas difundidos pela grande mídia contra os negros), desmilitarização da polícia por motivos óbvios, destinação de mais recursos para as políticas de inclusão racial, implantação de leis antirracismo, direito de expressão das religiões de matriz africana e contra o machismo e o feminicídio e a violência contra a mulher negra.