Começou no espaço onde, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), foi ocupado no dia 3 de maio e terminou próximo ao terminal Itaquera, em frente ao estádio Itaquerão, lugar no qual se iniciou a luta. Em média, participaram três mil trabalhadores.
O governo federal, governo do estado, prefeitura de São Paulo e a construtora que era proprietária do terreno, fizeram um acordo para que ocorresse a retirada assinando um termo de compromisso para a construção das habitações.
Guilherme Boulos, um dos coordenadores do MTST, em seu pronunciamento explicou o que foi combinado no acordo: "O governo federal vai financiar a compra do terreno e depois juntará recurso da Caixa Econômica Federal (banco do governo federal), do governo do estado e da prefeitura para fazer a construção das nossas moradias."
O prazo será de dois anos e as famílias, nesse tempo, continuarão pagando aluguel ou irão às outras ocupações organizadas pelo MTST.
Maria, militante da Copa do Povo, ressaltou a importância de eles permanecerem unidos mesmo fora do terreno. "Não somos organizados apenas neste lugar, fora dele também! Isso é o que vai fazer toda a diferença. As pessoas acham que dentro da ocupação é duro, mas estão redondamente enganados porque fora dele também somos organizados."
No meio da passeata, os companheiros fizeram uma faixa de pedestres na rua do Parque do Carmo. Atitude para chamar a atenção ao local em que uma senhora morreu atropelada pela falta de segurança aos pedestres.
Guilherme enfatizou que a luta pelas moradias continuará até eles conseguirem, de fato, as moradias. "Nós conseguimos essa assinatura com luta e será da mesma forma que vamos dar o segundo passo: fazer o que está no papel virar concreto."