Ferrol parou completamente. Nom é umha frase metafórica ou de falso triunfalismo, senom a verdade literal e completa. Do pequeno comércio às enormes multinacionais, passando por polígonos industriais ou serviços de todo o tipo, fechárom ontem (12/06) as portas na capital de Trasancos, comarca na que se convocava umha greve geral em resposta à situaçom limite que vive a classe trabalhadora.
32% de desemprego na comarca (com visos de crescer ainda mais, dada a precária situaçom do setor naval e as industrias auxiliares) só deixam duas respostas possíveis: a emigraçom ou / e o que hoje se está a viver nas ruas ferrolás. Como nom podia ser doutra forma numha cidade com um histórico de luita operária, umha histórica manifestaçom (e já vam várias desde 2008) começou às 12h00 convocada polo conjunto do sindicalismo, e percorre no momento de redigir este artigo o centro de Ferrol. O protesto ocupou literalmente todo o centro urbano e a Praça de Armas da cidade nom conseguiu acolher o enorme fluxo de manifestantes.
Este foi o maior protesto desde a decada de 70 do passado século, quando a reconversom do naval . Sindicatos situárom assistentes em 120.000, enquanto media do regime falou em 60.000 pessoas. Em qualquer dos dous casos, o número confirma a adesom absolutamente inconstestável.
Adesom total incontestável
Ferrol foi ao longo da madrugada e de toda a manhá desta quarta feira de 12 de junho umha cidade dedicada a umha só atividade: combater. A adesom foi ainda maior que nas anteriores greves de ámbito nacional e internacional.
As pequenas, médias e grandes empresas fechárom as suas portas. Só algumhas grandes multinacionais tentárom passar por cima da greve, contando para isso com o apoio da polícia espanhola -a qual, no entanto, nom realizou qualquer intervençom destinada a assegurar o direito de greve das trabalhadoras dessas multinacionais. Foi sem êxito. Mesmo com a presença abafante de agentes de distúrbios, todas as multinacionais presentes na cidade tivérom de fechar as portas. Inclusive o Alcampo, onde dez carrinhas de distúrbios espanholas nom puderom fazer nada para que um piquete com centenas de pessoas fechasse o centro comercial.
Os polígonos industriais de Trasancos nom tivérom qualquer classe de atividade, e outros serviços como a recolha do lixo tampouco funcionárom. Mesmo a imprensa do regime, como La Voz de Galicia, admite que "as grandes empresas, os polígonos, o comercio e a hotelaria aderem a greve" e que a comarca de Trasancos "está parada", embora aproveita para criminalizar a atividade dos piquetes classificando de "incidentes" a sua atividade.
Galeria de fotos da jornada de greve
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Galeria dos piquetes