O antigo chefe da Direção de Inteligência Nacional do Chile (DINA), general Manuel Contreras, foi um dos condenados. Devido a julgamentos anteriores, em que foi culpado por violações de direitos humanos, ele acumula uma pena de 400 anos de prisão, segundo a rede HispanTV.
Em 1976, como chefe da DINA, Contreras envolveu-se no assassinato do estudante universitário Iván Pérez Vargas e do engenheiro Amador del Fierro Santibañez. Em 24 de fevereiro de 1976, os agentes do regime militar invadiram a residência dos jovens ativistas do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR). No enfrentamento, os dois militantes revolucionários acabaram atingidos pelos tiros e morreram, assim como o militar Tulio Pereira.
Uma menina de apenas três anos de idade, Susana Sanhueza Salinas, que estava próxima do tiroteio, também acabou morta. A irmã do jovem Iván Pérez Vargas, Mireya Pérez, ficou ferida e foi enviada a um centro da DINA, onde foi interrogada e depois executada.
Os outros agentes condenados à prisão são o brigadeiro Miguel Krassnoff, o coronel Carlos López e o ex-sub-oficial Basclay Zapata.
Cerca de 3.200 pessoas foram mortas pela repressão militar durante o regime de Pinochet. Destas, 1.192 são consideradas desaparecidas.