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morte de jornalistaColômbia - ADITAL - O jornalista mais ameaçado da Colômbia foi assassinado com três tiros. Luis Carlos Cervantes havia recebido pelo menos 20 ameaças de morte, estando sob proteção do Estado colombiano por dois anos.


Um mês atrás, no entanto, foram retiradas as escoltas que garantiam sua segurança e, no último dia 12 de agosto, ele foi baleado por um pistoleiro enquanto buscava seu filho na escola.

Havia cinco anos que Cervantes era diretor da emissora de rádio Morena, na cidade de Tarazá, ao norte da região do Departamento de Antioquia. Ele contava com um esquema de segurança da Unidade Nacional de Proteção (UNP) do país, encarregada de articular, coordenar e executar medidas de proteção e apoio aos direitos da população. A escolta foi retirada em julho deste ano porque, segundo o organismo, sua vida não estava mais em risco.

O profissional havia deixado a função de jornalista investigativo para se dedicar à locução de programas musicais devido às ameaças frequentes que sofria e que o obrigaram a abandonar sua cidade, Tarazá. No último dia 21 de julho, o jornalista teria se deparado com uma pessoa desconhecida na porta de sua casa, que o pedira que transmitisse uma mensagem por meio da rádio onde trabalhava. Cervantes teria se negado a fazê-lo e o homem teria dito para que ele abandonasse a cidade, porque "estava cansado de vê-lo". Poucos dias antes de seu assassinato, Cervantes havia voltado à localidade.

"A situação, hoje, é mais grave do que nunca. (...) Alguns funcionários da Prefeitura querem me matar", advertiu Cervantes, em entrevista à imprensa, cerca de um ano após receber as primeiras ameaças. O perigo em torno da vida do jornalista começou no dia 30 de agosto de 2010, cinco dias depois de realizar um informe para um noticiário de televisão, no qual denunciou irregularidades no Poder Público Municipal, o que chamou de "carrossel de prefeitos".

O caso denunciado por Cervantes se desenrolava desde 11 de novembro de 2008, quando o então mandatário da cidade, Miguel Ángel Gómez García, foi detido, com prisão decretada pela Promotoria 16 Especializada de Medellín. Ele era investigado por crimes de conluio para delinquir, constrangimento e ameaça de morte.

Na cobertura jornalística do caso, o profissional teria chamado a atenção dos telespectadores sobre um tema aparentemente inofensivo: em dois anos e oito meses, Tarazá havia tido cinco prefeitos, sendo um eleito popularmente nas eleições de outubro de 2007 e os outros quatro que o sucederam foram detidos pelas autoridades por suspeitas de crimes diversos. A abordagem instalou o período de ameaças contra o jornalista.

Investigação policial reforçada

Após a morte de Cervantes, um grande aparato de agentes policiais foi designado para a operação de busca dos responsáveis pelo assassinato. O secretário de governo de Antioquia, Santiago Londoño, em entrevista à imprensa, reforçou que a missão da polícia é realizar mandados de busca e apreensão a fim de encontrar pista dos autores do crime.

Para isso, a polícia está oferecendo uma recompensa por colaboração ao esclarecimento do homicídio. Segundo Londoño, a orientação é não deixar que fatos como esses fiquem impunes.


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