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co-militaresColômbia - ADITAL - Uma operação militar de erradicação manual de cultivos ilícitos terminou em graves violações de direitos humanos na vila de Tierradentro, município de Montelíbano, em Córdoba, na Colômbia.


Segundo denúncias da Associação de Campesinos do Sul de Córdoba (Ascsuco), a população foi intimidada, teve telefones recolhidos e foi impedida de sair da vila. Há ainda registro de agressões físicas e de ameaças de extermínio dos campesinos.

Desde o último dia 29 de março, tropas do Exército do Batalhão Junín, sob o comando do tenente Torres, ocupavam a região. No dia 31, tomaram posse e acamparam ilegalmente na casa do campesino Rafael Rodríguez. Segundo denúncias, os militares ocultam seus nomes e insígnias para não serem identificados e denunciados posteriormente.

Entre os abusos cometidos, os militares recolheram todos os celulares e impediram qualquer tipo de ligação ou comunicação externa. Todos os caminhos possíveis para sair da vila também foram obstruídos, deixando a população refém. Quem se atreveu a reclamar da situação acabou sendo agredido física e verbalmente, como aconteceu com Arnobis Zapata, presidente da associação campesina, e com Over Pila, que foi teria sido suspenso pelo pescoço pelo tenente Torres.

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E os abusos não param por aí. Os militares fizeram disparos para amedrontar e chegaram a queimar peças de roupa de um camponês, acusado de cultivar coca. Quando a situação chegou ao limite de tensão, os campesinos pediram que os deixassem em paz e cessassem os abusos, mas o que obtiveram foi uma ameaça do tenente Torres: "já tenho a ordem para matar campesinos".

No dia 05 de abril, mais oficiais entraram na região juntamente com funcionários do Governo de Córdoba alegando que dariam uma solução à problemática social, econômica e política do cultivo da folha de coca. Apesar da suposta disposição ao diálogo, os militares não aceitaram a presença dos dirigentes da Ascsuco. As propostas feitas pelos militares também não foram aceitas. Os campesinos justificaram que todas as suas demandas foram entregues à Presidência no dia 31 de março no marco da Cúpula Agrária, assim, não tinham nada para negociar.

Montelíbano é uma zona com alto índice de cultivos ilícitos e que surpreende pela capacidade de regeneração, mesmo com as fumigações aéreas. Os campesinos da região justificam que encontraram no cultivo da folha de coca uma alternativa para sobreviverem e sustentarem suas famílias, já que estão esquecidos pelo governo.

Com informações de Notimundo.


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