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120214 argArgentina - LER-QI - Sejamos milhares em 20 de dezembro exigindo sua absolvição!


Na quinta-feira, 12 de dezembro, o juiz de Caleta Olivia, na Argentina, condenou três trabalhadores à prisão perpétua pela morte do policial Sayago em um levante de 2006, na mais dura condenação contra trabalhadores desde 1983. Além disso, foram condenados outros quatro a cinco anos de prisão, enquanto um mais ficou sob a custódia do Estado por ser menor no momento do fato.

Trata-se de uma causa completamente armada, declarada duas vezes nula, à qual um fiscal que sempre atendeu aos interesses políticos do governo da província ressuscitou e hoje conseguiu seu objetivo de condenar os trabalhadores. Para chegar a isso não hesitou em justificar as torturas, chegando a dizer que "para chegar à verdade teria que se separar da legalidade".

Os condenados se viram obrigados a receber a leitura do processo em uma sala separada de seus familiares e amigos, já que o tribunal impediu o acesso dos mesmos. Os familiares presentes escutaram a sentença rodeados de guardas e sem poder contar com o acompanhamento dos deputados da Frente de Izquierda, Nicolás del Caño e Néstor Pitrola, a quem o tribunal impediu de entrar.

Elia Espen, mãe da Praça de Mayo, e Alejandrina Barry, filha de desaparecidos e integrante do CeProDH, que puderam entrar testemunharam este momento desolador que os familiares viveram ao conhecer a aberrante decisão judicial, que pelo momento não será cumprido efetivamente. O fato de que os companheiros condenados mantenham sua liberdade até que se resolva a apelação que apresentarão seus advogados de defesa, deve ser aproveitado por nós para redobrar nestes meses, de maneira imediata a campanha contra essa condenação injusta.

Um salto histórico na perseguição aos lutadores

Semelhante decisão após um julgamento marcado por irregularidades sem outra prova que os depoimentos obtidos com torturas e pressões ilegais, só é compreensível pelo poder de chantagem das forças repressivas e das multinacionais petroleiras às quais o governo presta seu serviço. Enquanto os governadores kirchneristas e os da oposição se ajoelham ante a chantagem policial, hoje condenam os petroleiros de Las Heras e seguem processados mais de cinco mil lutadores de todo o país.

Em momentos onde os governos começam a aplicar ajustes e a inflação corrói nossos bolsos, aplicam essa medida com o objetivo de amedrontar os trabalhadores que se organizam e lutam para que a crise não seja descarregada sobre suas costas. Pelo contrário, as organizações que viemos realizando uma grande campanha nacional em distintos lugares do país em solidariedade com essa causa concordamos em redobrar nossos esforços para conquistar a absolvição dos companheiros. Neste sentido, nos comprometemos em dar um primeiro passo aproveitando o aniversário de 20 de Dezembro para que esse dia nos mobilizemos aos milhares por todo o país para gritar bem forte "Absolvição dos petroleiros de Las Heras!".

Essa é a proposta que levaremos desde o PTS e outras organizações à reunião que se realizará em Buenos Aires do comitê de absolvição dos companheiros.

Desde Caleta Olivia:

Nicolás del Caño, deputado nacional do PTS na Frente de Izquierda Alejandrina Barry, filha de desaparecidos e membro do CeProDH Charly Platkowsky, delegado da LAN Mariela Pozzi, delegada de FOETRA Buenos Aires Ivan Marín, PTS-Chubut em nome dos mais de trinta dirigentes operários e estudantis do PTS que viajaram para participar da mobilização ante a sentença.

Impulsionemos uma importante campanha internacionalista!

O ataque aos petroleiros de Las Heras é um ataque aos nossos irmãos de classe na Argentina. A absurda sentença de prisão perpétua é uma prova da perseguição contra os trabalhadores, e uma tentativa intimidá-los. Defender os petroleiros de Las Heras contra essa ofensiva reacionária, colocando em marcha uma forte campanha internacionalista de apoio aos trabalhadores é uma tarefa imediata posta para todas as organizações da esquerda, sindicais, de Direitos Humanos, estudantis e de juventude.

Chamamos a todos a apoiar essa campanha enviando um email informando nome, organização ou instituição em que atua, para o apoiopetroleirosdelasheras@gmail.com.


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