A paralisação, que envolve desde organizações de camponeses até todos os sindicatos e movimentos sociais do país, vem sendo duramente reprimida pelas forças opressoras do Estado. Nesta sexta-feira (30), o presidente Juan Manuel Santos anunciou que enviará 50 mil soldados das forças militares para "dar apoio aos policiais".
"Ontem (29) à noite, ordenei a militarização de Bogotá e assim o farei a partir de hoje (30) em qualquer município ou em qualquer região em que seja necessária a presença de nossos soldados", declarou.
A paralisação foi motivada pela falta de acordo com o governo para investimentos no setor agrário. Os profissionais que trabalham na área de transporte, que apoiam a greve geral, aderiram também porque consideram que o governo não atende às suas demandas.
Os movimentos reivindicam ainda um diálogo com os diferentes setores, castigados pelos acordos de livre-comércio assinados pelo país. Os camponeses reclamam do abandono no qual vivem, o descumprimento de acordos por parte do governo, a erradicação do cultivo da coca – sem um plano de substituição.
Mas se depender de Santos, esse diálogo não vai ocorrer, pois ele mesmo afirmou que "com os vândalos não haverá nenhuma contemplação".
O movimento social Marcha Patriótica chegou a considerar os ataques das forças opressoras do Estado uma grave violação aos direitos humanos, e responsabilizou o presidente, o ministro do Interior, Fernando Carrillo, e o diretor geral da Polícia, Rodolfo Palomino pela violência com os manifestantes.
* Com informações da rede multiestatal TeleSur e da Prensa Latina