Miguel Mansilla, Jose Paredes, Catalina Lineros, Haide Grande e Giselle Poblete encontram-se atualmente encarcerados sob a acusação de "instigadores" da onda de saques a supermercados ocorridos nos bairros mais pobres de Bariloche. Diante da falta de ação do governo federal argentino a respeito da falta da escassez de comida no país e, consequentemente disto, de seu alto preço, a população argentina mobilizou-se e saqueou supermercados, levando comida e outros artigos básicos de sobrevivência.
A população não tem culpa de nada; a fome é culpa do governo. Fica claro, desta forma, que essa é só mais uma perseguição política que o Estado promove contra o povo que se organiza e que luta por melhores condições e pela mudança da realidade.
Exigimos, portanto, a imediata liberação de todxs xs companheirxs detidxs, tanto da Cooperativa 1º de Maio como de todxs que foram detidxs. Essa ação do governo é claramente uma perseguição e criminalização dos movimentos e lutadorxs sociais.
Isso posto, convidamos a todxs aqueles que se encontram junto aos de baixo para solidarizar-se aos companheiros argentinos, para gritar em todos os cantos da Latino America contra mais uma das injustiças do Estado contra xs exploradxs.
Ato em defesa d@s Pres@s Políticos de Bariloche
No dia 5 de fevereiro, em várias capitais do Brasil (Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro), bem como em várias cidades Argentinas, ocorreram manifestações com o objetivo de libertar os presos políticos de Bariloche – Rio Negro.
Em Curitiba, o ato ocorreu em frente ao consulado da Argentina e foi entregue uma carta dos manifestantes às autoridades argentinas. O Encontro Latino Americano de Organizações Populares e Autônomas (ELAOPA), que foi realizado nos dias 25/26 e 27 de janeiro, tirou uma moção de solidariedade @s pres@s políticas de Bariloche, na qual as diversas organizações presentes assinaram o manifesto.
Segundo relatos, diversos atos ocorreram na Argentina em defesa d@s Pres@s polícos, nos estados de Chaco, Corrientes, Rosario e Buenos Aires.
Carta entregue às autoridades Argentina em Curitiba/PR.
Curitiba – Paraná – Brasil, 05 de fevereiro de 2013
Ao Consulado da Argentina,
Liberdade aos Presos/as políticos/as de Bariloche!
Nós, cidadãos brasileiros solidários aos presos políticos de Bariloche - Miguel Mansilla, Jose Paredes, Catalina Lineros, Haide Grande e Gisele Poblete - vimos por meio desta carta exigir a liberdade imediata destes companheiros lutadores, membros da cooperativa 1º de maio, que foram encarcerados pelo Estado Argentino durante os saques à super mercados que ocorreram durante o mês de dezembro de 2012 em Rio Negro – Argentina.
Entendemos que estas prisões são políticas e que buscam criminalizar as organizações dos/as explorados/as pela precária situação de existência da população argentina, que busca desesperadamente, através dos saques, encontrar sua subsistência. Se podemos responsabilizar alguém pela "questão social" e crise econômica na qual a Argentina se encontra, com toda certeza não são os membros de organizações populares, mas sim aos patrões e governos que expõem a população à condições de exploração e que os coloca em tal situação não conseguem sequer ter acesso a direitos básicos, como a alimentação. Desta forma não se pode responsabilizar as organizações que lutam junto ao povo explorado em busca da conquista de seus direitos fundamentais.
Nesse sentido repudiamos a ação dos Governos de Weretilneck e Cristina Fernandez de Kirchner que tem buscado responder aos problemas enfrentados pelo país com a criminalização daqueles que decidem por se organizar e lutar contra a exploração.
Não à criminalização dos Movimentos Sociais!
Pela libertação dxs presxs políticos de Bariloche!
Arriba los/as que Lucham!
Assinam esta carta:
Coletivo Quebrando Muros
Coletivo Outros Outubros Virão