Datada no dia 15 de setembro, o Dia da Independência de Honduras foi marcado por massivas mobilizações da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) por todo o país. Milhares saíram às ruas para protestar contra o governo de Juan Orlando Hernández, do Partido Liberal, a oligarquia e crise econômica hondurenha.

Com palavra de ordem "lutando pelo povo tomar o poder", a mobilização na cidade de San Pedro Sula, também foi dedicada à memória de Margarita Murillo, líder camponesa há mais de 40 anos e internacionalista na América Central na década de 1980, assassinada em agosto.

Em Tegucigalpa, Juan Barahona, coordenador Nacional da FNR, e Manuel Zelaya Rosales, coordenador do partido Libre (Liberdade e Refundação), destacaram a importância de manifestações populares no dia da independência do país, uma vez que na mesma data é lembrado o assassinato de Francisco Morazán, símbolo da luta do que acreditam ser a "verdadeira independência de Honduras".

Nos atos de ontem, a Frente também protestou contra a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) presente no país hoje (16), para tratar de acordo econômico.

Crise Política

A crise política e econômica de Honduras se arrasta há anos. No entanto, se agravou desde as últimas eleições realizadas no final do ano passado quando o representante do Partido Liberal, Juan Orlando Hernández, venceu com quase oito pontos percentuais de diferença a candidata Xiomara Castro, do Partido Libre e esposa do ex-presidente Manuel Zelaya.

Embora o resultado das eleições tenha sido alvo de uma série de irregularidades na contagem, conforme expôs a candidata à época, o resultado oficial foi rapidamente reconhecido internacionalmente. Xiomara Castro qualificou a vitória como "monstruosa fraude".