Foto: Maduro (centro), com os dirigentes do PSUV Diosdado Cabello e Maria Cristina Iglesias. Por Agência Efe.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs nesta quinta-feira (31/07) a realização de um congresso internacional de forças de esquerda, "progressistas" e socialistas da América Latina em dezembro. O chamado foi feito no encerramento do 3º Congresso Nacional do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), fundado pelo falecido presidente Hugo Chávez, iniciado no último sábado.
"Trata-se de criar a instância internacional que permita que as forças revolucionárias atuem com maior coordenação e aprendizagem mútua", disse Maduro, que foi ratificado como presidente do partido durante o ato. O objetivo do evento proposto é construir uma "agenda internacional de ação comum e uma nova forma de organização da América Latina, do Caribe e do mundo".
Segundo o chefe de Estado, a articulação permitirá coordenar questões como uma política comunicacional para rebater "a campanha mundial" contra a América Latina, além de compartilhar experiências organizativas e construir uma instância internacional de ação. "É da esquerda, do progresismo, de onde se está criando uma nova teoria política do mundo. Exerçamos então essa força política, cultural, histórica", expressou.
Durante o ato, o PSUV reconheceu Hugo Chávez como seu "líder eterno", ratificou o apoio a Maduro e se comprometeu a assumir a transformação do Estado como uma das tarefas principais do partido na relação com o governo. Entre os objetivos expostos pela sigla estão a independência econômica e a luta contra a pobreza.
Maduro também manifestou apoio ao povo palestino e pediu o fim do "massacre" contra Gaza. Entre os anúncios, afirmou que criará um abrigo para receber crianças palestinas afetadas pelo recente conflito e convocou uma marcha em todas as cidades do país no próximo sábado em apoio ao povo palestino.