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271013 lutacolombiaColômbia - PCO - Conforme a crise capitalista se aprofunda, aumentam os protestos sociais e a crise do regime político.


O governo colombiano é o principal agente do imperialismo norte-americano na América do Sul, com o objetivo de desestabilizar os governos nacionalistas da América do Sul. O Plano Colômbia, que incluiu sete bases do imperialismo e gigantescos gastos militares, entrou em colapso devido ao aprofundamento da crise capitalista, que tem colocado em xeque as contas públicas e impulsionado as lutas populares. No início de junho, o presidente Santos declarou que o governo tinha a intenção de ingressar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o que foi respaldado imediatamente por funcionários do primeiro escalão da Administração Obama.

Os enfrentamentos com os movimentos populares continuam crescendo. Nos últimos dias, a greve que indígenas, agrupados na “Minga (protesto) popular e social indígena” realizam em vários departamentos (como Cesar, Cauca, Valle del Cauca e Nariño foi reprimida com violência deixando um saldo de mais de 20 feridos. Reinvindicações como melhores condições de vida e reconhecimento da autonomia sobre os seus territórios têm se convertido em uma “afronta” para os especuladores do chamado agronegócio (aliança entre o setor mais reacionário da burguesia nacional, os latifundiários, e as multinacionais), que buscam garantir os lucros, a qualquer custo, por meio da exploração ultradepredadora do País para exportar meia dúzia de matérias primas por meio das bolsas futuro especulativas.

Houve bloqueios de estradas gigantescos, como o realizado na rodovia que liga Cali com Boaventura (principal porto do Pacífico), do qual participaram seis mil indígenas. A rodovia Panamericana, que comunica Colômbia e Equador, foi bloqueada por aproximadamente sete mil indígenas município de Santander de Quilichao (Cauca), e nas cidades de Caldono e Piendamó por mais dois mil indígenas. Mil indígenas das etnias Kankuama, Wiwa e Yukpas, impedem por tempo indeterminado a entrada do palácio de governo de Cesar en Valledupar, a capital desse departamento.

Os conflitos no campo, provocados pelo avanço da fronteira agrícola, e com os trabalhadores mineiros também continuam a todo vapor.

A grave crise que aumenta na Colômbia tem tornado o País um barril de pólvora. O governo tenta enquadrar os novimentos sociais na Lei Antiterrorista com o objetivo de justificar o uso da repressão.

Os confrontos entre o Exército e as FARC-EP têm igualmente se intensificado.

O regime perante as eleições presidenciais

O governo de Juan Manuel Santos foi imposto pelo imperialismo norte-americano com o objetivo de alavancar o chamado agronegócio e as mineradoras, contra os uribistas que representam os latifundiários, principalmente o setor ligado ao narcotráfico. Ao mesmo tempo, há uma forte pressão para reduzir a pressão dos gastos militares e abrir as localidades controladas pela guerrilha à exploração das multinacionais imperialistas.

O acordo “com paz social” reivindicado pelas FARC-EP parece cada vez mais distante. O governo Santos tenta forçar a paz oferecendo a legalidade para o grupo guerrilheiro, mas deixando de lado todas as principais reivindicações, com o objetivo de conter a enorme queda de popular. A relegalização da União Patriótica acontece após ter sido umas das principais forças políticas, chegando a ter mais de 5.000 integrantes assassinados pela ultradireita. Na mesma linha, o Senado acabou de aprovar a realização de um referendo para o mesmo dia das eleições presidenciais, embora que colocando como principal condição a entrega das armas pelas FARC-EP.

O governo Santos não aceitou a proposta das FARC-EP sobre o cessar fogo. O Exército continua realizando operações de extermínio e defendendo abertamente os interesses dos monopólios.

A questão da assembleia constituinte proposta pelas FARC-EP na discussão do processo de paz foi colocada como um dos principais instrumentos para abrir um debate nacional, onde mesmo com as limitações do regime, seria discutida “a paz com justiça social” proposta pelos guerrilheiros. A rejeição da proposta pelo governo mostra que o objetivo não é realizar reformas que impliquem em mudanças importantes.

O aprofundamento da crise capitalista na Colômbia

No primeiro trimestre deste ano, o crescimento (oficial) da economia foi de 2,8%, muito abaixo dos 5,4% registrados no ano passado. A produção industrial caiu 4,1% e a produção de carvão, o segundo principal produto das exportações, cresceu apenas 1,4%. O movimento grevista e dos protestos, em escala nacional, se encontra em ascenso.

O imperialismo tenta converter a Colômbia na Israel da América Latina, ou seja, um revolver apontado diretamente para a cabeça das massas na região. A Aliança Pacífico, da qual a Colômbia é um dos pilares, está enquadrada na preservação da Doutrina Monroe no continente. Além da manutenção do controle dos recursos naturais e de obras estratégicas, como o Canal de Panamá, a Aliança Pacífico busca contrapor políticas abertamente neoliberais aos órgãos multilaterais criados na região pelos governos nacionalistas, tais como a Alba, o Mercosul e a Unasul.


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