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acamapmento-6Argentina - Jornalismo B - [Gabrielle de Paula] Mais de 1500 jovens reuniram-se na cidade de Buenos Aires, de 28 a 31 de março, para o I Acampamento da Juventude anti-imperialista e anticapitalista. O Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST) da Argentina, o Juntos (MES-PSOL) do Brasil, Marea Socialista da Venezuela e COEN do Peru foram os organizadores do evento que teve os argentinos como anfitriões.


Também estiveram presentes militantes de esquerda de outros países, como Espanha e Grécia.

Antes da chegada da maior parte da delegação brasileira, o primeiro dia das atividades do acampamento serviu para a organização do camping e para o estreitamento nas relações entre as organizações. Durante a acampada, muitas conferências e debates foram realizados para discutir as mudanças internacionais e as mobilizações de massa no mundo. Diversos painéis trouxeram um aspecto das lutas que vem ocorrendo na América Latina, como a defesa dos recursos naturais, processos contra a homofobia e a luta das mulheres.

A primeira conferência sobre crise capitalista contou com a participação de Pedro Fuentes (MES-PSOL), Alejandro Bodart (MST), Syriza (Grécia) e Izquierda Anticapitalista (Espanha). Figuras políticas importantes da esquerda internacional também marcaram presença. Luciana Genro (MES-PSOL) esteve representando o Brasil no ato aberto internacional ao lado de Pino Solanas da Argentina. O deputado peruano Jorge Rimarachín participou de atividades sobre educação e lutas estudantis. E a deputada argentina Vilma Ripoll esteve na mesa que tratou da violência de gênero.

Caso Wikileaks e futuro da revolução bolivariana foram pontos altos do acampamento

A atividade mais aguardada no acampamento era a de Luis Bonilla, presidente do Centro Internacional Miranda na Venezuela, que militou ao lado de Chávez. A mesa trouxe as experiências venezuelanas aos internacionalistas e discutiu acerca dos desafios que a revolução bolivariana enfrenta após a morte do presidente Hugo Chávez. Sempre que o nome do líder venezuelano era citado no acampamento, os participantes prestavam homenagens.

Outro ponto forte foi a iniciativa de uma campanha em solidariedade a Julian Assange, do caso Wikileaks. Para Thiago Aguiar , do Juntos-SP "é fundamental que os diversos movimentos se mobilizem para libertar Assange".

Boate Kiss também é lembrada

Entre todos os problemas gerados pelo capitalismo nos diversos países da América Latina, as tragédias da Boate Kiss em Santa Maria e da Boate Cromañon na Argentina foram discutidas em um dos painéis, que destacaram as ganâncias empresariais como causas desses desastres. Esteve presente nessa atividade Paolo Menghini, pai de um jovem morto no "Massacre do Once" (desastre ferroviário que ocorreu em Buenos Aires em 2012), e a estudante Daniela Possebon da Universidade Federal de Santa Maria. Paolo até hoje não encontrou o corpo do filho.

Encerramento

Em uma plenária final, as delegações discutiram os encaminhamentos da Acampada, as campanhas que serão assumidas e as possibilidades de construir uma conexão entre as organizações da juventude no mundo. Sobretudo, foi destacada a importância de uma unidade internacionalista, já que a crise é mundial.

Na festa de encerramento, muito samba, salsa e rumbia argentina para fortalecer o intercâmbio cultural e celebrar o sucesso da realização do acampamento. Segundo os organizadores, há grande possibilidade da segunda edição ser realizada no Brasil em 2014.


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