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270613 pinhera chileChile - Opera Mundi - Manifestação em Santiago exigiu ensino superior gratuito e aconteceu às vésperas das primárias para as eleições no país.


Estudantes chilenos protestaram nesta quarta-feira (26/06) em Santiago por uma educação superior gratuita. Frente à repressão da polícia, os jovens ergueram barricadas em chamas em várias partes da capital. Se juntaram aos manifestantes trabalhadores do setor de cobre e portuários.

O protesto,  às vésperas das primárias para as eleições chilenas, começou com cerca de trinta barricadas em chamas nas imediações de colégios e universidades de Santiago. Os incêndios foram uma ação coordenada dos estudantes prévia a uma enorme manifestação, que reuniu mais de 100 mil pessoas no centro de Santiago.

Os incidentes mais graves foram registrados nas imediações da Faculdade de Filosofia da Universidade do Chile, onde houve confrontos entre pessoas encapuzadas e forças especiais da Polícia, que repeliram os ataques com jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo. Um grupo também atacou as instalações da Rádio Agricultura, no centro de Santiago, de onde os canais de TV gravavam os incidentes.

No total, a polícia deteve 108 pessoas e quatro policiais ficaram feridos, segundo as autoridades. "Não são estudantes, são delinquentes, extremistas e, nesta oportunidade, agiram de forma simultânea, coordenada e preparada", disse o ministro do Interior e da Segurança, Andrés Chadwick.

"Já são anos de mobilizações e não recebemos resposta alguma", disse a porta-voz dos secundaristas, Isabel Salgado, que exigiu a renúncia da ministra da Educação, Carolina Schmidt.

Piñera

O presidente Sebastián Piñera também condenou a violência e anunciou o envio ao Congresso de uma nova lei para combater as desordens públicas que dá meios à polícia de identificar os manifestantes preventivamente. A medida se soma a outras propostas já enviadas por seu governo para deter encapuzados e classificar como crime os insultos aos policiais.

A nova iniciativa, segundo Piñera, não pretende restringir as liberdades individuais, e sim "proteger melhor a liberdade da imensa maioria dos chilenos". A jornada de manifestação marca a radicalização dos protestos estudantis que começaram em 2011, em favor de uma profunda reforma do sistema educativo que se mantém como herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). 

Os estudantes exigem educação pública, gratuita e de qualidade, uma reivindicação que o governo atendeu parcialmente aumentando os créditos aos universitários para o pagamento de mensalidades e ampliando as vagas gratuitas nas instituições de ensino. A manifestação desta quarta foi realizada após uma grande marcha de estudantes organizada na semana passada em Santiago.


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