O agravamento do conflito que já se estende por cinco dias se deu frente ao fracasso de todas as demandas pela instalação de uma mesa de diálogo entre os protestantes e o governo pela aplicação de novas regulações, as quais este justifica por uma luta contra o contrabando.
Calcula-se em mais de 300 os caminhões de ônus estacionados há dias aos dois lados da ponte que une à cidade paraguaia de Puerto Falcón com a argentina Clorinda, dos mais transitados durante todo o ano.
O movimento iniciado pelos chamados "paseros" de Paraguai recebeu o apoio de seus similares de Clorinda, que formaram piquetes, impedindo a passagem dos veículos carregados de produtos argentinos.
Os caminhoneiros das duas partes decidiram então impedir com seus veículos o até então permitido acesso de ônibus de passageiros e automóveis particulares, consolidando o total fechamento da Ponte da Amizade.
Esse setor, fortemente prejudicado pela perda de frutas, carne e outros alimentos parados há dias no lugar, tomou tal decisão depois de apoiar os "paseros" em sua demanda para abrir negociações com os órgãos oficiais competentes sobre uma eventual modificação das regulações assinaladas.
Paralelamente, continuaram os protestos dos trabalhadores de fronteira em Ita Enramada, Limpio e outros lugares próximos à ponte Remanso, que também comunica com o país vizinho, unindo a cidade paraguaia de Encarnación com a argentina Posadas.
Meios de difusão televisivos assinalaram reiteradamente o ambiente de tensão existente nos pontos fronteiriços, onde fortes contingentes policiais se encontram situados por ordens superiores.