O documento declara que 2.370.677 paraguaios estão nessa situação e, portanto, carecem de direito à aposentadoria e se abstêm de pagar impostos devido seu nível econômico.
Outro dado importante divulgado pelo PNUD é que somente 20% das 3,2 milhões de pessoas registradas como exercendo algum trabalho têm acesso tanto à aposentaria como a um seguro saúde.
Especialistas do Instituto de Economia Sustentável da Universidade Nacional de Assunção expuseram, por sua vez, a gravidade desse panorama quando se analisam os departamentos do interior do país, onde a informalidade chega a 93,2%.
Seu estudo explica a diferença conceitual entre economia clandestina e a informalidade, pois a primeira inclui pirataria, narcotráfico e contrabando, atividades econômicas ocultas para evitar sua medida e com a finalidade de evadir impostos.
A informalidade, agrega, está relacionada com a pobreza no Paraguai e outros países de baixo desenvolvimento, algo contrário às economias mais avançadas.
Sempre segundo os especialistas, o valor estimado da economia clandestina do Paraguai atinge os US$ 10,683 bilhões, isto é, 40% do Produto Interno Bruto, e para as empresas implica a obtenção de vantagens diferenciadas perante às responsabilidades que as formais devem cumprir.
Os economistas ressaltam que conseguir emprego decente é um dos maiores problemas no Paraguai e isso representa adotar qualquer atividade para cobrir as necessidades básicas do consumo familiar, um seguro saúde e a aposentadoria.