A agência de qualificação de risco, em um relatório avaliativo amplamente repercutido hoje pelos meios de comunicação nacionais, identifica esses temas como os maiores obstáculos do Panamá para receber uma boa qualificação.

No informe, a qualificadora esboçou suas expectativas sobre a evolução do país e sobre que bases poderia modificar a qualificação creditícia que mede, principalmente, a capacidade do país de fazer frente ao pagamento de sua dívida.

O governo recebeu da administração passada um déficit superior aos 1,5 bilhão de dólares e créditos extraordinários aprovados em outros 600 milhões que não tinham o rendimento extra para os respaldar, informou o Ministério de Economia e Finanças.

Diante deste panorama, o atual Executivo tomou a decisão de elevar de 2,7 por cento para 4,1 o limite de déficit estabelecido para este ano na Lei de Responsabilidade Social e Fiscal, o que tem gerado numerosas reações a favor e contra. Apesar de manter a qualificação de risco soberano do Panamá, as agências Fitch Ratings e Moody's declararam antecipadamente a deterioração registrada no país nas contas fiscais durante os últimos anos do governo do ex-presidente Ricardo Martinelli.

A avaliação da S&P é publicada após ratificar, no dia 30 de setembro, a qualificação de risco do país dentro do grau de investimento BBB, mas a inclusão do Panamá na lista cinza do Grupo de Ação Financeira é também objeto de seus comentários críticos.