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argArgentina - Matriz del Sur - [Miguel E. Canosa, Tradução do Diário Liberdade] Após 11 anos de governo resolvemos (antes tarde do que nunca ou já é tarde demais?) modificar a Lei de Abastecimento vigente para entre outras questões conseguir que o Estado regule a atividade de produção, distribuição, abastecimento a preços razoáveis para um país que produz boa parte dos bens e serviços que consome localmente.


No entanto, os aumentos de preços caracterizaram a política dos dois governos de Cristina Fernández, que, segundo os especialistas do establishment neoliberal, desenvolveu uma emissão monetária mais além do estipulado pelo monetarismo, aumentou o gasto público de maneira exorbitante, aumentou a importação de energia elétrica e combustíveis, as importações em geral e diminuiu as exportações.

Desta forma não somente se perdeu capacidade de poupança em moeda estrangeira mas também diminuíram as reservas pelo pagamento pontual de quase 200 bilhões de dólares em 10 anos, com uma desvalorização do peso argentino de até 14 dólares por dia e uma inflação em torno de 35-40 por cento anual, na média, com subidas de preços de até 69-80 por cento em alimentos e bebidas, impactando os setores de menor renda, que na Argentina constitui 50% dos trabalhadores registrados que ganham até 5 mil pesos [1 peso argentino equivale a R$ 0,27] por mês, além de 35% de trabalhadores não registrados que, estima-se, têm renda inferior a esse e menos que o atual com cerca de 3.600 pesos (aumentando em duas partes de 3.600 a 4.400 pesos a partir deste mês e de 4.716 pesos a partir de 1º de janeiro de 2015).

Esta situação real que provocou pela primeira vez em alguns anos a queda de atividade econômica, de salários, de vendas, início de suspensões e descrença na população, está gerando condições de instabilidade e insegurança psicológica, produto da incerteza que é potencializada pelos grandes veículos de comunicação. Estes agitam também a situação de insegurança física que se percebe em determinadas zonas do país, especialmente Buenos Aires.

Com este panorama espera-se um final de ano carregado de monobras de ansiedade política baseadas em situações reais ainda que ampliadas para desestabilizar e criar um estado de psicose na população que vê desde os meios de comunicação como sua realidade piora a cada dia, aumentando a pressão sobre os problemas já existentes produzidos pelo próprio governo e agravado pelo setor privado que parecem estar de acordo em ficar com os salários dos trabalhadores, tanto pelo pagamento de impostos distorcivos IVA [imposto sobre o valor agregado] ou ganhos salariais, ou pelos serviços públicos cada vez menos subsidiados pelo Estado, junto ao selvagem aumento de preços deste último ano, que não foi devidamente freado pela equipe econômica, que parece ter perdido a bússola da política econômica, sucumbindo diante do poder econômico real dos bancos, das empresas e dos supermercados.

Cristina Kirchner se desconectou da realidade lançando planos de consumo para uma classe média que se sente afogada pelas dívidas e que prefere se refugiar em moeda estrangeira a gastar seus pesos em bens de consumo, diante do temor de não poder pagar as ações de crédito.

Esperam-se meses difíceis até as eleições do ano que vem que determinarão qual de todos os candidatos do capitalismo argentino ganhará as eleições para governar durante quatro anos uma Argentina rica, ainda que com muitos pobres.


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