O novo Governo de El Salvador não buscará assinar um acordo stand by ou cautelar com o Fundo Monetário Internacional (FMI), similar ao que manteve a Administração anterior.
"Não queremos um compromisso desse tipo" com o FMI porque "o país não precisa de um (acordo) precautório como teve antes", declarou a jornalistas o secretário Técnico e de Planificação da Presidência salvadorenha, Roberto Lorenzana.
Um acordo stand by "não é necessário, há outras possibilidades" que o Governo buscará para enfrentar as dificuldades financeiras no setor público, acrescentou Lorenzana, também coordenador do Gabinete Econômico do Governo.
O Governo presidido por Mauricio Funes (2009-2014) manteve um acordo cautelar durante três anos com o FMI, assinado em 2010 e expirado em 2013, que supunha a disponibilidade de aproximadamente 790 milhões de dólares para o país em caso de falta de liquidez.
Sánchez Cerén, o segundo Governo consecutivo da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional, recebeu um país com um crescimento econômico de 1,9%, um déficit fiscal superior a 4,2% e uma dívida geral de 56,2% do Produto Interno Bruto (PIB) registrados em 2013, segundo dados oficiais.
Sánchez Cerén mantém um diálogo com partidos políticos e grupos empresariais em busca de apoio a um pacote fiscal de pelo menos 1 bilhão e 320 milhões de dólares em títulos e novos impostos que o Governo de Funes apresentou em seus últimos dias ao Parlamento com o propósito de equilibrar as finanças públicas.