Em um comunicado lido por Marco León Calarcá, membro da delegação guerrilheira ao diálogo de paz, a insurgência afirma que se somaram ao protesto múltiplas expressões de descontentamento social contra as políticas neoliberais de fome e saque.
A respeito, assegura que estas levaram mais de 14 milhões de camponeses à bancarrota e mantêm 30 milhões de colombianos na pobreza.
A greve nacional por tempo indeterminado entrou nesta sexta-feira em seu quinto dia com dezenas de feridos, quase 100 presos e bloqueios em 30 estradas, enquanto os manifestantes continuam à espera de poderem instalar uma mesa de negociação com o governo.
"Insistimos que sem ouvir a voz do povo não é possível atingir a paz na Colômbia. É por isso que reiteramos como proposta para a mesa a necessidade urgente de estabelecer garantias concretas para a oposição política que lidera o movimento social", assinala o texto.
As FARC-EP anunciaram que farão um pronunciamento hoje sobre a decisão do presidente Juan Manuel Santos de levar ao Congresso um projeto de Lei para que os possíveis acordos de paz possam ser apresentados no dia das próximas eleições.
Ambas as partes nas conversas, que analisam o tema da participação política, segundo ponto da agenda, iniciaram na segunda-feira passada o ciclo 13 do diálogo, que acontece no Palácio de Convenções, na capital, desde novembro de 2012.