O Banco do Sul, a instituição financeira sul-americana, é fruto da nova arquitetura financeira regional. Cinco dos sete países fundadores –Argentina, Bolívia, Equador, Venezuela e Uruguai- já ratificaram o Convênio Constitutivo do organismo e espera-se que o Brasil e o Paraguai façam o mesmo o quanto antes.
O Banco do Sul foi fundado em Quito, em dezembro de 2007. Após dois longos anos de vais e vens, em 2009, seus membros assinaram um acordo sobre o Convênio Constitutivo que formalizou a existência da instituição.
O Banco do Sul é um dos três ângulos da "nova arquitetura financeira regional", promovida, entre outros, pelos governos do Equador, da Argentina, da Bolívia e da Venezuela, juntamente com o "Fundo do Sul" e com a "Unidade Monetária Sul-americana".
Esse banco contará com um capital inicial de 7 bilhões de dólares. A Argentina, o Brasil e a Venezuela contribuirão com 2 bilhões de dólares cada um. Seu capital global deve chegar a 20 bilhões de dólares, que, em sua maioria, serão destinados à construção de infraestruturas regionais.
Segundo distintas fontes, 31 projetos de infraestrutura esperam o visto do Banco para começar a ser executados. A eventual participação da Colômbia, do Chile e do peru aumentaria consideravelmente o poder de ação da instituição.
Ao contrário de outros organismos multilaterais, notavelmente o FMI, o Banco Mundial ou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no Banco do Sul cada país terá direito a um voto, independentemente do capital que contribua; uma diferença maior com os outros organismos onde o voto é proporcional às contribuições de cada país membro.
Marco Aurélio Garcia, Assessor Especial para Assuntos Internacionais da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, disse que a assinatura do Convênio é uma boa notícia, dada a crise de crédito que está acontecendo nos principais países industrializados.