O principal motivo por trás do aprofundamento da crise capitalista na AL relaciona-se com o aumento da espoliação imperialista com o objetivo de desvia-la dos países centrais, principalmente dos EUA, que considera à AL o seu pátio traseiro.
Com esse objetivo, vários acordos comerciais têm sido impostos. Em maio de 2012, entrou em vigor o tratado de livre comércio entre a Colômbia e os Estados Unidos. Ainda neste ano, deverá vigorar o tratado entre o Panamá e os Estados Unidos. Em junho de 2012, foi assinado o acordo de associação entre a UE e os países centro-americanos (incluindo o Panamá) e o tratado de livre comércio da UE com a Colômbia e o Peru.
Outros recentes acordos similares foram assinados, recentemente, entre a Costa Rica e a China, Chile e Malásia, Peru e Japão, e Peru e República da Coreia. O México ingressou nas negociações do AETAE (Acordo Estratégico Transpacífico de Associação Econômica), que tem como objetivo aumentar a pressão do imperialismo norte-americano sobre a China na disputa pelo controle direto da região.
O consumo privado norte-americano, que representa 70% do PIB, e o valor dos ativos continuam caindo por oito trimestres consecutivos apesar dos vários programas do governo. O mais recente plano, o QE3 (quantitative easing – ou facilitação quantitativa), anunciado nestes dias, aumentará o repasse de recursos públicos com o objetivo de continuar monetizando a dívida pública, por meio da compra de títulos podres dos especuladores. Com isto, o governo pretende garantir uma certa estabilidade do regime político às vésperas das eleições presidenciais. O endividamento público e o privado continuam em disparada.